Para uma amiga com altas batidas
Estou sempre a perder-me nas coisas que penso
Deixo as palavras esquecidas pelos cantos
Até elas se encherem de bolor e de peneiras miudinhas
Daquelas que entram nos armários para comerem a roupa
Não tenho nenhuma táctica de navegação
Por isso respiro com os olhos fechados
E deixo que o tempo me puxe pelos pés
Fazendo-me crescer ao contrário
Sinto-me crescida desde que comecei a brincar
E a fazer desenhos com o coração
Sei que há estrelas minúsculas por onde posso fugir
Mas decidi ficar até que as formigas se fartem de mim
Já aguento qualquer pedra ou negação
Porque agora só vou pela minha consciência
Contra todos os passos que limitam a liberdade
Perco-me dentro das coisas que penso
Mas insisto e encontro sempre uma saída
Esta é a minha voz
5 comentários:
Bela voz.
adorei a tua voz
E é tão bom ter-se uma voz!!!
Bom dia, Big Mofa!
Não como este tempo de ameixas para te sair alguma coisinha de jeito, pá!!...
Privada, meu, toma aí uns apontamentos.
Tirar eu tiro, mas perco-me à espera para saber a que coisa pensada vai dar essa saida
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