Não mato a cabeça quando penso
A cabeça não é coisa que se gaste como se fosse água
Ou gás
Nem se queima como acontece com as lâmpadas
A cabeça é uma boa ferramenta de trabalho
Só é preciso fazer os movimentos certos
E ter cuidado para as ideias não cortem os dedos
Mais do que uma ferramenta de trabalho
É um instrumento de precisão
Tal como um bisturi ou um míssil
Penso que não mato a cabeça quando penso
Mas para prevenir qualquer engano não penso muito
Dá-me jeito ficar assim
Com os neurónios parados
Quando anoitece as janelas apagam-se
Para que possamos adormecer à vontade
Conforme as figuras geométricas se vão partindo
E não haja nem mais uma linha curva
Para pôr em cima dos joelhos e aquecer
esquecer
escrever
4 comentários:
ainda bem que não esqueceste
__________________escrever
bj
a.
Não, não e não, Mofina.
Esquecer é negar a existência, a nossa e a dos outros, os que coexistiram connosco.
Escrever, bem...
Escrever é outra cousa.
Nem sempre se apagam as janelas quando anoitece.
Boa noite, até à manhã.
Amanhã.
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