O sol estrangula-me o pescoço
Com dedos letárgicos
Mas com o gume do meu olhar
Descubro o mapa do chão
Agudas estrias sobrepostas
Com sombras de ramos naufragadas
Onde translúcidas figuras sem rostos
Se insinuam ora sinistras
Ora plenas de alegorias geométricas
E já um auto-retrato de van Gogh se confunde
Com os óculos e chapéu de Pessoa
Tão iguais
Que a cadeira e os girassóis
Ficam do mesmo tamanho
Só mesmo uma nuvem pesada
Para acabar com estas visões rupestres
E me arrefecer os pés
Libertando-me das garras do sol
4 comentários:
Ó pá, as minhas perguntas são mais fáceis, caneco :P
Nem perguntei nada... Ou será que perguntei?
eu passo a ferro as minhas rugas
:)
Mas mesmo assim. sempre é melhor que na cidade!
Saudações poéticas!
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