Uma margarida olha-me
com um olhar de quem já desistiu de olhar
só precisa de água
diz
para as suas pétalas ficam bronzeadas
Cuidado com o Sol
digo
mas a minha vontade
é de entrar dentro de um buraco de minhoca
e ir
até à extremidade de um vaso capilar
O vaso da flor derrete-se
e o universo vai limpando os lábios
pois mais ninguém participa desta refeição
num tempo precário só resta a beleza
talvez nem a luz
nem a geometria aguda da alma
Só uma vontade de comer palavras
e de olhar cegamente
Não há cicatrizes no céu
diz um perfume de margarida
Mas a vida continua ferida
e é tão fácil desenhar uma flor
basta fechar os olhos e deixar cresce
9 comentários:
É fácil desenhar uma flor. Fechar os olhos e deixá-la crescer.
Mas é tão precária a beleza!
Belíssimo poema, minha Amiga.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Bom dia, Regina
Lindo poema, abraços.
Olá, Regina! Que bonito poema, com a subtileza de uma flor, uma margarida. Beijinhos, Raquel
A vida anda tão desordenada e conflituosa que um vaso de margaridas pode fazer toda a diferença. Para o poeta...
Excelente poema, gostei imenso.
Bom fim de semana, amiga Regina.
Beijo.
Passei para ver as novidades.
Mas gostei de reler este seu magnífico poema.
Boa semana, querida amiga Regina.
Um beijo.
Poema aconchegante
Intimo
🙂
e eu a pensar que ias entrar no vaso capilar para buscar uma quiche.....
olha, tens surprise no Around. Go!
Vim regar as margaridas...
Continuação de boa semana, amiga <regina.
Um beijo.
Choveu...
Acho que as Margaridas gostaram.
Boa semana, amiga Regina.
Beijos.
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