Gente que passa de um lado para o outro
E volta a passar
Gente que escolhe a roupa
Gente que encolhe a barriga
Gente que olha para os preços
E fica com os sonhos reduzidos
Já não há como voltar a nascer
os braços esticaram tanto
que não cabem nos buracos das árvores
agora é impossível vestir o mundo pela cabeça
e os sapatos ficam apertados no meio do caminho
A vida vai secando pelo pé
Porque não há água para tanta fome
Há pessoas nascediças e que vingam
são elas as desenham as plantas das cidades
as que enchem o mundo com cartazes
as que navegam pelas avenidas
empurrando o tempo para a frente
Às vezes algumas pessoas voltam atrás
Sem conseguirem encontrar os próprios passos
apenas uma moeda caída no chão
tão pequena
que mesmo que não dê para nada
dá para tudo
8 comentários:
A vida nunca foi fácil.
E vai continuar assim.
Excelente poema, gostei imenso.
Continuação de boa semana, querida amiga Regina.
Um beijo.
É cada vez mais difícil levar a vida por diante sem sofrimento e privações. Um poema muito inspirador e belo.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Passei e reli.
E continuo a gostar muito deste seu excelente poema.
Boa semana, amiga Regina.
Um beijo.
Passei para ver as novidades.
Aproveito para lhe desejar uma boa semana, amiga Regina.
Um abraço.
Bom Carnaval.
E boa semana, amiga Regina.
Beijo.
Vim aqui apenas para lhe dizer que hoje sou outro. Sou russo.
E também para lhe desejar a continuação de uma boa semana, amiga Regina.
Beijo.
Poema lindo que me fascinou ler. Deixo o meu gosto e elogio
.
Cumprimentos poéticos e cordiais
se os teus braços esticaram, dá-me abraços
a.
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