Vou abrir o céu para que as flores possam cair
Vou semear rios largos onde os sonhos naveguem
Vou agasalhar o silêncio com a minha voz
Para que o vento nunca se separe do pássaro
Pois que todo o corpo é leve
E o poema flutua além das coisas que são vazias
10 comentários:
Fiquei maravilhado por duas razões.
Primeiro, porque finalmente resolveu escrever e publicar.
Segundo, porque o poema é magnífico.
Eu nunca desisto dos amigos, para que eles possam "semear rios largos onde os sonhos naveguem"...
Fique bem e tenha uma excelente semana.
Beijos.
Belíssimo poema. Cheio de desejos e emoções maravilhosos onde todas as palavras flutuam.
Uma boa semana.
Um beijo.
O poema flutua como a pena do poeta
a.
Deixar vogar os sonhos é a melhor garantia para uma vida com sentido.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Gostei de reler este magnífico poema.
Boa semana.
Beijinhos.
A propósito de "semear rios", e para não dizer apenas que "gostei de reler", deixo aqui um excerto de um poema de 2017 que a minha amiga não deve ter lido:
"Hoje,
em atracagens suaves,
fundeio em ti o barco da liberdade
e beijo as madrugadas
a bordo das tuas mãos enluvadas de estrelas,
rubras e mutantes da saudade
que enche cacilheiros a aproximar as margens
dos rios que nos separam."
Boa semana.
Beijinhos.
A propósito das tuas pedras, da escultura e do cinzel, talvez não tenhas lido:
https://riosemmargenspoesia.blogspot.com/2016/01/o-parto.html
Beijinhos e boa semana.
No terceiro ato na peça de William Shakespeare, Hamlet disse a célebre frase "ser ou não ser, eis a questão".
Mas eu, apenas digo "Ver ou não ver, eis a questão".
Um ótima semana.
Beijinhos.
Há algo de etéreo nas frases expressas, que tornam mais imponderável a dureza da vida.
Abraço amigo.
Juvenal Nunes
Para variar, a propósito de pedras:
"Sob as palavras de pedra,
num genocídio de ideias rombas,
chagas no verde e vermelho abertas,
morreu o tempo da verdade comprovada.
É a Idade das Nuvens, premeditada,
martelando no engano das sombras,
que distorce a luz e nos derrota
por maltratados ouvidos e olhos.
A vozearia falida, comungada
por todas as línguas confusas,
qual pedra estéril de gente sem estrela,
ilumina o pior e escurece a vontade.
Levanta-te, ó Pátria minha!
Mais alto que o choro de pedra
e que a nuvem teimosa em ficar,
há um céu de integridade à tua espera."
© Jaime Portela, Janeiro de 2022
Beijinhos e uma ótima semana.
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