terça-feira, 27 de novembro de 2007

Tediosa geografia!



Às vezes, até as minhas dóceis ovelhinhas perdem a paciência. Que vontade de meter por um atalho a abalar para muito longe...
Mas não sei que distâncias me dariam paz.
Apago destinos só de os pensar. Todos os lugares do mundo ficam à saída da minha porta.
E vou ficando por aqui, porque espero outras marés, outras mudanças de regras. Os castelos e as torres de vigia.
É noite e regresso.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A chuva



Quantas noites tem o dia?
Quantos dias tem o mar?
Quantos cavalos tem o sono?
Quantas cores tem o medo?
Quantos números tem a sorte?
Quantas portas tem o mundo?
Quantos passos tem o silêncio?
Quantas estrelas tem o olhar?

Quantas vidas tem a vida?
Quantos dedos para a soletrar?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Que sensação tão familiar!



Felizmente
ainda há quem saiba viver sem preocupações.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Um lugar para ancorar

É minha a dúvida
Só minha
Minha e única
Que tenho em mim
E a finco debaixo do pés
Com força
Para nenhum vento ma roubar


Nunca ando descalça
Porque tenho a dúvida debaixo dos pés
E o meu peso fura o chão
Até achar uma ideia firme