quarta-feira, 27 de junho de 2007

Fim da tarde!

— Já vou no nível 19!..
— Perde lá depressa, que estou à espera da minha vez!
— Não gosto de jogos, quero é ver o meu neto que está na França.
— São horas de ir dar aos meus coelhos, não tenho vagar para estas coisas.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Dizem que começou o Verão

A minha avó, foi a única das pessoas minhas conhecidas, que soube dar bom uso ao televisor. Mantinha-o apagado e só o ligava, mais ou menos, na hora das notícias. Ficava ali entretida, mas não dava grande atenção.
O que lhe interessava mesmo, vinha depois: Era o boletim meteorológico.
Aqui sim, era muito exigente e só acreditava no Sr. Antímio de Azevedo.
Quando a programação foi toda alterada, a minha avó teve um grande desgosto. Os apresentadores que apareciam de ar sorridente, eram uns palhaços. Não teve paciência para os aturar. A partir de então, se queria saber do sol ou da chuva, perguntava às dores que tinha nos joelhos ou às formigas que entravam na cozinha. Métodos infalíveis. Acredito que, se as pessoas, incluindo os cientistas, desenvolvessem estas simples sabedorias, o clima não estaria tão baralhado.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

NOSTALGIA EÓLICA

Paio Vaz:

Mofina, dá-me conta tu
onde fica o gado meu.

Mofina Mendes:

A boiada não vi eu,
andam lá não sei por u,
nem sei que pacigo é o seu.
Nem as cabras não nas vi,
samicas cos arvoredos;
mas não sei a quem ouvi
que andavam elas por i
saltando pelos penedos.
Do Auto de Mofina Mendes


Pois é, Paio Vaz, como as cabras, às vezes também ando por aí, saltado pelos penedos...
Hoje é dia mundial do vento. É verdade, há dias para tudo!
O vento é uma força motriz que devemos aproveitar ao máximo.
Qual é o máximo dos máximos? Não sei...
Mas há momentos em que a libertade é mesmo apertada.
E a vida rebenta pelas costuras.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

JG, não leias isto... já avisei!

Sei lá, mas não será um bocadito inconcebível uma pessoa chegar do hospital com uma agulha esquecida espetada no braço? Não causou nenhum dano, é verdade, mas não dá para perceber muito bem. Há cada uma!

terça-feira, 5 de junho de 2007

Serei normal?

Perguntas que, na minha cabeça, ficarão sempre sem resposta:

  • Com quantos paus se faz uma canoa?
  • Qual a diferença entre um semi-frio e um semi-quente?
  • Como é que os romanos faziam contas?
  • Haverá vida antes da morte?
  • Quantos passos já foram dados nos Passos Perdidos?
  • O nada existe?
    • Se existe, é porque há alguma coisa no lugar do nada.
    • Se não existe, o que é que existe nesse vazio?