quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CINEMA MUDO

A memória é silenciosa
Como os passos de um ladrão

A memória esconde-se
Em palavras a perto e branco

Lenta
Com os movimentos descoordenados
Culpada
Em cada um dos seus golpes de punhal
Frívola
Na sua maneira de não ser
E de nem acordar

Sempre
Um peso sobre os ombros
De uma memória tão inteira

Que a cada dia se apaga



10 de Novembro de 2011