quinta-feira, 18 de agosto de 2011

SEM SUBTERFÚGIOS

O que se procura quando se escava
na raiz do silêncio?
O futuro vem à superfície
sempre que se inventa uma ideia.
Não há nada mais apertado do que a pele
que nos cobre da cabeça ao coração...

Todas as coisas que existem
estão tão perto,
basta cruzar os braços
para se atar uma ponta azul de mar
à ponta mais frágil do deserto.

Tudo é tão explícito
que mesmo o sol mais disfarçado
salta logo à vista de quem o quiser apanha!

Não há onde esconder as mãos
e a pedra que se atira
sai sempre do mesmo bolso.