segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Esperança


Futuro
A estrada incerta
No certo lugar
De onde se vem
E se regressa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Milagre!



Os olhos cheios de luzes, sobretudo os olhos,
já nem há por onde passar com tantos anjos caídos nas ruas por estes dias...
e um comércio sem horas precipita-se para os cúmulos eufóricos
de um tudo ou nada.

Apesar de toda a fraternidade, há pessoas que ficam de fora,
seguindo as estrelas da noite, o frio, a solidão...

Há também as pessoas de outros caminhos,
que não tendo Jesus como fé ou filosofia,
ainda assim, vivem o Nascimento Supremo!

Porque é Natal, a esperança cresça dentro de todos nós.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Volto já ou não!

Estou só à espera de aquecer os pés, para me atirar (de cabeça e coração) numa mensagem de Natal. Depende do tempo..

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

O inadmissível

Uma amiga do escritor José Eduardo Agualusa, a propósito da possibilidade de um ovo ser cúbico em vez de redondo, terá dito que “Convém não subestimar jamais a estupidez humana.
Retive esta frase e tento estar sempre precavia em relação aos disparates do mundo. No entanto, não há como escapar. Em qualquer folheto de supermercado descubro que as melancias já são amarelas! As modificações genéticas, biológicas e outras estão aí, para o melhor e para o pior.
Já não há limites. E o mais grave é que já não se reconhece o horroroso, o abjecto, a loucura. A maldade é mesmo praticável com a melhor das intenções.
Numa reportagem SIC, anuncia-se que nos Estados Unidos algumas crianças com trissomia 21 estão a ser submetidas a cirurgias plásticas para apagar ou atenuar os traços característicos da deficiência. Os promotores acreditam que, com esse recurso, a inclusão social dessas crianças será mais fácil. Uma mãe garante que age por amor, pois não quer que a filha seja vista como idiota.
Para mim, é muito difícil explicar a revolta. Em tempos que se fazem grandes floreados em torno dos direitos humanos, da igualdade de oportunidades e todas essas demagógicas teorias, a sugestão de uma deficiência poder ser camuflada, é mais cruel do que todas as descriminações que possam existir.
Não preconizo que, a troco de nada, o só para tirar sabe-se lá que vantagens, se ande com um letreiro a dizer, sou desta maneira ou daquela. Mas o primeiro direito que todas as pessoas precisam ter, é poder ser aquilo que são!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Perfil


Procuro-me!

Não ostento sinais de tristeza nem de grande sagacidade,
Visto um corpo rasgado nas pernas e nos ombros,
Bolsos sem fundos e com cinco dedos furados.

Fui vista pela última vez ao virar da esquina.

Recompensa-se quem não me encontrar...