sexta-feira, 27 de julho de 2007

Isso sim!

A culpa do país estar no caos, é nossa, dos portugueses?
Então, se mudássemos todos de nacionalidade, o problema ficaria resolvido?
Claro que não. Tudo continuaria igual. Mesmo estrangeiros, ainda assim, atiraríamos as cascas dos tremoços para o chão.
Que fazer? Se calhar devíamos tirar umas férias. Grandes.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Coração

Depois de ter recuperado a corda,
O relógio quis acertar o seu passo
Com o tempo medido do mundo.



Pediu ajuda ao Sol,
Às estrelas,
Às pedras de quartzo...


Mas o pulsar do sangue
Umas vezes é lento
E outras vezes foge!


Que horas são?

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Tirem-me deste filme


É sabido que Portugal, na média europeia, tem uma taxa vergonhosa de analfabetismo, de iliteracia e de abandono escolar. Ao longo de muitos anos, todas as tentativas para modificar este cenário têm fracassado.
Incomoda o facto em si, ou o não se poder esconder esses números?
Pelo que é dado ver, o sistema político está apenas preocupado em disfarçar.
Tudo indica que o programa Novas Oportunidades não passa de um hábil truque de demagogia. Para tapar o buraco cultural, nada mais fácil do que distribuir diplomas. Assim, validam-se competências com o mesmo rigor de quem oferece bonés. Se me perguntarem qual a capital do reino, e eu, Mofina, responder que é Lisvoa, é quase certo e seguro que fico a ser uma espécie de doutora.
O lamentável é isto mesmo. Pode verificar-se que são as pessoas mais ingénuas que estão a cair no engodo.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Fugitiva de longos cabelos


A noite escura andou pelas ruas
Sem lua nem estrelas,
Silenciosa, pés de almofada,
Para não acordar gatos nem cães!
Mas de uma janela uma voz gritou:

É ela!

A noite teve de saltar os muros e as cancelas.



Escondeu-se debaixo de uma pedra

E em sossego, amanheceu.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Já que se fazem tantas excursões...

Por Lei, deveria haver um Decreto-Lei barra não sei quantos, de modo a que, todos os naturais ou residentes neste país, tivessem de visitar um museu. Não teria de ser um museu específico, podia ser um escolhido ao gosto ou ao jeito de cada cidadão.
Seria um dever cívico igual a todos os outros, tipo possuir um número de contribuinte.
A pessoa não podia ser isenta por não saber ler, não perceber nada de arte, ou por outra razão semelhante.
Não importaria o tempo ou a atenção dispensada ao local. Importante mesmo, seria esse entrar num museu.
Tenho apenas um pressentimento de que muitas coisas mudariam para melhor!