quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

A DOENÇA DAS PONTES TORTAS

Quando penso fico às escuras


Nem as mesinhas de cabeceira

Funcionam como antes

Já não há pulsos a vapor

Todas as horas vêm da China

Com árvores para pendurar ao pescoço

E com genuínas pedras de plástico do antigo Egipto

  

Pertenço à idade dos erros

Por isso ferro os dentes

Enquanto continuo a não morder

O engodo que me engorda 


E olho para o caminho que parou

Ali mesmo à minha frente

Só para não me deixar passar