terça-feira, 31 de março de 2009

O VENTO QUE PASSA





Estou quase a voar
preciso que me atem à Lua
e me apertem bem os sapatos
senão fujo para longe

Os peixes sabem como me deixo encantar
por qualquer búzio que traga o som das estrelas

Em todos os lugares há pedras caídas do céu
Em todas as pedras há indicações precisas
é tão fácil encontra um sonho

Vou dividir o futuro
um ramo para a flor
o outro para as palavras que andam no ar

segunda-feira, 30 de março de 2009

Não consigo explicar

Os meus pais são velhos. Os meus tios também são velhos. Há pessoas na blogoesfera tão velhas como os meus pais e tios, mas que são jovens. Muito mais jovens do que eu!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Jardim desfolhado

sábado, 21 de março de 2009

Dia da poesia e etc & tal

O ELIXIR DA ETERNA HESITAÇÃO


Rir é uma actividade científica
Mas não sei se as formigas têm cócegas
Ou se por acaso haverá
Estrelas com feitio de estrelas

De repente a idade sai-nos detrás de uma porta
Aos saltos e com uma cartola verde na cabeça
Não para nos fazer pensar na vida ou meter medo
Mas porque é esse o seu ofício
É essa a sua arte de dividir e alongar
As dimensões de todas as nossas fotografias

O esquecimento faz com que as coisas mudem de lugar
E efectivamente tanto as meias como os sapatos
São de longe os bichos mais irrequietos de todos

O riso é o lugar das coisas perdidas

quinta-feira, 19 de março de 2009

LOS FUNOS Y SUS DILEMAS


E porquê faqueiro e não talheiro?

quarta-feira, 18 de março de 2009

ACHO QUE NÃO...


Hoje é dia de castelos no ar!!!!, diz o JG.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Um postal do Caramulinho

Estrada toda aos esses, fazia algum tempo que não ia para aquelas paisagens. Lá continuam os rebanhos e os rochedos prodigiososamente esculpidos na parece ampla do céu. Regatos ainda sulcados pelas chuvas que já vão abrindo em flor. Depois, as sombras das árvores que começam a apetecer, que nos embalam num aconchego de sesta. Os sons mais escondidos acordam conforme os olhos se fecham e tudo é mais nítido quando a atenção vai ficando desfocada.

Mas é preciso regressar porque os dias são curtos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Cogitações

Ao descer a avenida, Péricles interpelou-me sobre a democracia e a constituição. Em vão, argumentei que não passava de um simples funcionário público. Começou então a vociferar contra desleixo com que me apresentava. Não tive paciência para o ouvi e desandei. Uns passos mais adiante, o passeio estava vedado por fitas vermelhas porque os trabalhadores da câmara andavam a pintar um triângulo rectângulo para celebrar o dia mundial do teorema de Pitágoras. Resmunguei que era mais útil para as crianças jogarem à macaca ou à cabra-cega. Mas logo se levantou uma manifestação contra o método de Decartes. Encolhi os ombros e fui à vida.


A primeira vírgula é assaz necessária para não se confundir com a Av. Péricles.

Assaz é um vocábulo desagradável.

Podia iniciar-se uma lista de palavras não fazem falta nenhuma.

Peço ajuda aos nomes:

  • Funes
  • JG
  • Blimunda
  • Claras Manhãs
  • Jardineira Aprendiz
  • Mac

segunda-feira, 9 de março de 2009

Uma carta com toda a vontade de viver


Toda a esperança numa tão vaga hesitação.

sábado, 7 de março de 2009

E depois veio a Nikita do Elton John



Mas prefiro esta.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Pobres figuras de estilo - Fátima Lopes e a sua última colecção inspirada na Virgem Maria

Há quanto tempo ando para falar da dificuldade das onomatopeias! Hoje, a talho de Funes, o assunto voltou-me à baila dos pensamentos. Como, ultimamente, tudo tem sido um vale verde ao luar, gostava de me redimir. Mas, dado que ando numa roda viva e não tenho mãos a medir, vou ter de aguardar que a procissão vá no adro, para que possa ter pano para mangas. Ufa.

terça-feira, 3 de março de 2009

Etc & tal

— Mais vale dois pássaros a voar do que um na mão.

— Quem tudo quer, tudo aproveita.

— A prudência morreu de velha, coitada.

— Filho de peixe, morde o anzol.

segunda-feira, 2 de março de 2009

GRANDEZA



Saibamos descobrir o verdadeiro tesouro. Abramos os olhos, mas também o coração.