terça-feira, 31 de março de 2009

O VENTO QUE PASSA





Estou quase a voar
preciso que me atem à Lua
e me apertem bem os sapatos
senão fujo para longe

Os peixes sabem como me deixo encantar
por qualquer búzio que traga o som das estrelas

Em todos os lugares há pedras caídas do céu
Em todas as pedras há indicações precisas
é tão fácil encontra um sonho

Vou dividir o futuro
um ramo para a flor
o outro para as palavras que andam no ar

8 comentários:

mac disse...

Não fuja que me faz falta.

teresa g. disse...

Olha que sorte.

saphou disse...

Lindo. Soberbo.

Eu também durmo para tornar isto mais suportável. O Xanax ajuda. Destrói o miolo, mas provoca conforto rápido.

mac disse...

Saphou, não durma. Deite fora o Xanax e sonhe acordada, faxavor, cá a espero.

Mofina, comprei um búzio. Tem as estrelas aqui mesmo, não fuja, sff.

António Conceição disse...

Vou escrever uma coisa que não é habitual: este poema é muito bom.

mac disse...

De facto.

Graça Pires disse...

Tento soltar ao vento cada angústia que me invade o pensamento...
Lindo o poema.
Beijos.

Blimunda disse...

Eles não sabem, Mofina, que o vento que passa comanda...nem o valor de cada palavra tua!