Nascemos descalços. Os pés podem dar que pensar. Cada vez mais dedicados, mas frágeis. Só escolhem solos almofadados, sensíveis ao mais pequeno grão de areia.
Os seus pés ficaram-me na memória: Grandes, largos, imponentes. Pisavam o chão com o impacto de toda uma genuína humanidade. No Verão, depois de calcar os sulcos da água, saía da terra suave, para o caminho duro e áspero. Sem sentir qualquer diferença. A sua pele era de sola forte que não se gastava com os gumes afiados do tempo.
Homo erectus. Perdemos o teu passo, o teu equilíbrio perfeito.
4 comentários:
Eu cá ando descalça quando posso. Nem sempre posso, que chatice.
Olha esta noite perdi uma meia na cama, foi uma chatice senti frio e estive desconfortavel a noite toda... eu cá sou muito de meias e bem quentinha...
Boa páscoa miguinha...
É preciso apoiar a indústria de calçado nacional. Que falta de patriotismo moça! O homo erectus está extinto, deixa-o lá sossegado.
Eu ando descalça sempre que posso mas nunca o suficiente. Há sempre aquela sensação de chegar à praia pela primeira vez em cada ano e sentir demasiadas cócegas depois de tirar os sapatos. Bjs *****
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