Quando penso fico às escuras
Nem as mesinhas de cabeceira
Funcionam como antes
Já não há pulsos a vapor
Todas as horas vêm da China
Com árvores para pendurar ao pescoço
E com genuínas pedras de plástico do antigo Egipto
Pertenço à idade dos erros
Por isso ferro os dentes
Enquanto continuo a não morder
O engodo que me engorda
E olho para o caminho que parou
Ali mesmo à minha frente
Só para não me deixar passar
7 comentários:
Grande reflexão! Gostei.
Andamos quase todos mais ou menos às escuras. Mas é melhor mesmo, sim, não morder o engodo. Às vezes engolimos em seco de querermos avançar e não termos por onde.
Beijinhos e tudo de bom!
"Pertenço à idade dos erros". Pertencemos todos. Por isso ficamos às escuras quando pensamos neste nosso mundo tão inquietante. Que poema tão original minha Amiga Regina.
Tudo de bom.
Uma boa semana.
Um beijo.
todas as horas vêm da China?
Se o Big Ben sabe dá-lhe um chelique
a.
Os meus aplausos para este seu poema.
É excelente, tem um registo original que obriga a atenção do leitor.
Saio daqui mais encantado que nunca antes. E a Graça é a culpada.
Boa semana. Beijos.
Gostei de reler e reler.
A cada leitura gosto ainda mais.
Boa semana.
Um abraço.
Já li e reli...
Acrescentaria,
"Só assim
conseguimos abordar de novo as pontes
sem pensarmos nas origens da razão
ou no luar que nos brinda
com a energia do cosmos."
Boa semana.
Beijinhos.
Boa semana.
E uma Páscoa muito Feliz.
Beijinhos.
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