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Zoltan Szabo |
Abrir
o fecho eclair da testa ou do peito
Tanto faz porque já
nada me liberta,
Tenho
os fusos apertados
Entre
Tóquio e o meu úmero esquerdo.
Da
testa, só o franzir esdrúxulo
De
quem puxa com força
As réguas sem medidas
E
baralha os pés e as polegadas
De
um dia cósmico.
Do
peito, ah do peito...
Não
sai eco nem sentir,
Bebi
o mar pela garrafa
E
com a faca, cortei as palavras
Que
andavam a bater contras paredes do céu.
Mandei-as
todas para o lixo.
Agora
vou fazer desenhos com as cores do vento.