quinta-feira, 5 de junho de 2008

Povo que lavas no rio com detergentes

Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Lavoisier



Assim, compra-se um champô anti-caspa, fica-se com a cabeça mais leve, atira-se a embalagem para um qualquer ecoponto. Depois é só acreditar, com muita fé, no milagre de que tudo será bem reciclado ou reutilizado. Então, a poluição, quando existe, não fará parte da própria natureza? Qual é a sua definição exacta? Segundo dizem, antes de haver vida, a Terra era um planeta sufocado por gases tóxicos.

Complicado demais!

18 comentários:

teresa g. disse...

Hum... isto é uma provocação!

Me aguardje!

teresa g. disse...

Argumento nº1: A caspa é produzida por um qualquer desequilíbrio fisiológico, do qual não me lembro agora. Provavelmente agravada por lavagens excessivas. (Já viste algum cabelo oleoso, daqueles bem sebosos, com caspa?)

Portanto o champô não resolve nada, só limpa por uns tempos, mas provavelmente, mais que provavelmente, ela volta a aparecer. (O que convém à indústria champoneira, não é, caso contrário, se erradicassem a caspa iam à falência)

Mofina disse...

Hum... isto é uma provocação!

— EXACTAMENTE.

Já viste algum cabelo oleoso, daqueles bem sebosos, com caspa?

—Já, sobretudo no Inverno.

teresa g. disse...

Não viste nada!

Mofina estes dias vão ser difíceis, por isso fica já o bom fds, mas ainda que tarde aguarda por mais uma boa meia dúzia de argumentos.

(Estás a pedi-las, olha, terás que aguentar :P)

(PS2 Segunda vai haver cantoria na vila, os teus espiões disseram-te?) ;)

teresa g. disse...

Argumento nº2:

O champô anti-caspa tem alumíneo. O alumíneo é tóxico, bastante, em vários sistemas incluindo o sistema nervoso. Ora, por muito que os fabricantes digam que não é pelo champô que o organismo vai absorver o alumíneo eu não confio, porque já todos sabemos como é que funcionam essas histórias. Por isso bani os champôs anti-caspa, assim como tenho uma trabalheira a escolher desodorizantes porque a maior parte tem alumíneo.

E mais vale andar com caspa e a cheirar a cavalo (ou égua) do que poluir o meu precioso organismo que gostaria de manter minimamente funcional durante mais alguns anitos.

Mas até agora os argumentos têm sido um pouquito egocêntricos.

Seguem-se os ecocêntricos:

Argumento nº 3: ainda não estamos no caldinho tóxico que possibilitou a origem da vida. No entanto esse caldinho seria incompatível com a vida tal como a conhecemos hoje - sabias que não existia oxigénio? O oxigénio é um detrito!! Dos seres fotossintéticos, que nos deu muito jeito. Tens a certeza que não te importarias de voltar a um caldinho destes? (metano, amónia, e mais uma data de coisas malcheirosas de que não me lembro agora)

É que...

Argumento nº4: estamos a fazer de forma a que o nosso ambiente se torne rapidamente num novo caldinho tóxico e malcheiroso. Natureza? Isso fica para os próximos episódios.

teresa g. disse...

Ena, grande comentário. De repente ocorreu-me que estás mas é a gozar comigo.

Ah pois é, mas para castigo vais ter que ler tudinho, porque eu exijo uma contra-argumentação bem fundamentada :P

Mofina disse...

Contra-argumentação profundamente profunda:

— Antes um caldinho tóxico do que um ataque de caspa.

— Pode acontecer que uma nova humanidade esteja para emergir dos detritos desta sociedade estagnada.

— Tudo é cíclico. Das trevas faz-se Luz, da morte se renasce.

Ai que bem me saiu!

teresa g. disse...

Ai é?!

1- Quando voltares a minha casa não refilas com a sopa que te der.

2- Como por exemplo daquela ilha de lixo do tamanho dos EUA que bóia no oceano Pacífico? E se na próxima reencarnação fores uma daquelas baleias que se engasgam com sacos plásticos?

3- O que vai renascer desta porcaria toda devem ser monstros peludos com hálito a esgoto e plástico líquido a correr nas veias.

Ai que bem que me saiu! :P

teresa g. disse...

E não te deites à sombra que amanhã há mais (para dizer a verdade hoje nem devia estar aqui)

Mofina disse...

Se eu for baleia, engulo o Pinóquio e entro na História.

Bjs para o Roberto Carlos!

teresa g. disse...

Roberto Carlos?! Das duas uma, ou andas a ver futebol a mais e estás cheia de febre, ou então já são os efeitos do caldinho tóxico.

Ou serei eu que já não entendo nada a esta hora?

Olha, afinal foram três.

Mofina disse...

Apanhei-te, és uma seguidora maluka de futebol!!!

teresa g. disse...

Hã?!!! Mofina, começo a duvidar da minha sanidade mental, o que é que estás para aí a dizer?!!!

(Não me esqueci dos argumentos, mas hoje ainda há frango, estou para ir para lá)

teresa g. disse...

(Explica-me como se eu fosse muito b.... ...)

Mofina disse...

As Baleias

Composição: Roberto Carlos / Erasmo Carlos


Não é possivel que você suporte a barra
De olhar nos olhos do que morre em suas mãos
E ver no mar se debater o sofrimento
E até sentir-se um vencedor neste momento

Não é possivel que no fundo do seu peito
Seu coração não tenha lágrimas guardadas
Pra derramar sobre o vermelho derramado
No azul das águas que voce deixou manchadas

Seus netos vão te perguntar em poucos anos
Pelas baleias que cruzavam oceanos
Que eles viram em velhos livros
Ou nos filmes dos arquivos
Dos programas vespertinos de televisão

O gosto amargo do silêncio em sua boca
Vai te levar de volta ao mar e à fúria louca
De uma cauda exposta aos ventos
Em seus últimos momentos
Relembrada num troféu em forma de arpão.

etc.


Agora chama-me pimba...

teresa g. disse...

Pois, estou surpreendida com os teus conhecimentos :D

Mas não me explicaste o que é que a minha suposta súbita maluqueira teria a ver com isto!

(Os argumentos não estão esquecidos!)

Mofina disse...

Inamissível confundir o Roberto Carlos com o Roberto Carlos.

teresa g. disse...

Continuo sem perceber nada! Só conheço o Roberto Carlos cantor, há algum que seja jogador?!