sábado, 20 de setembro de 2008

Chamdas automáticas

A escada subia em caracol, subia à pressa para apanhar todos os degraus que lhe apareciam pela frente, subia com saltos altos, num ritmo seguro de iogurtes líquidos, subia porque todos os documentos urgentes teriam de ser despachados por via express, subia até atingir a troposfera, estratosfera, a mesosfera, a ionosfera e a exosfera, mas de repente hesitou e num fugaz lapso de memória parou: afinal, era para subir ou descer?

Ligou para as informações e ficou a ouvir a música de espera.

4 comentários:

teresa g. disse...

Ah pois. P'raí uma meia hora.

Marinha de Allegue disse...

As prisas oucas veces axudan...

Unha aperta de calma.
:)

Blimunda disse...

E resume-se a este texto a vida que hoje se vive. Corre-se esbaforidamente sem nos preocuparmos em saber, desde o pronto de partida, onde é a meta. Quando nos damos conta de que o trajecto pode estar errado, perdemos o tempo que não se quisemos perder e muito mais.

claras manhãs disse...

Nunca se sabe onde está a meta, com tantas encruzilhadas que nos aparecem pela frente.
Voltar para trás pode não ser perder tempo, talvez repensar, dar-se ao luxo de ouvir a música de espera.