terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A VERDADEIRA MENTIRA

   
Chega de verdades: Quem me diz a mentira do mundo?
Não quero segredos
Dêem-me o veneno e a seta duma vez
Que o ar é para sufocar quem respira
Isso já sei
Que o mar tem portas no fundo
Por onde se escondem os Deuses incomunicáveis
Também o suspeito
Que há outra Lua para além das quatro fases
E outro deserto que não este, tão coberto de alucinações
Não é novidade
Mas quem me diz a mentira libertadora,
Aquela que há-de acordar as pedras?


9 comentários:

choco disse...

depois da porta
entra-se no nada
__________ou não
até lá
(con)fundimo-nos
em minguantes de lua
-
bj
a.

António Conceição disse...

Tenho em minha posse essa mentira. Mas custa dinheiro. Quanto estás disposta a pagar?

Graça Pires disse...

Um poema cheio de força. Não há só uma verdade. Não há só uma mentira...
O nascimento do caos é o lugar onde amamos a nossa sombra...
Um beijo.

mac disse...

Será essa mentira uma verdade que não queremos?

saphou disse...

arrebatador. Publica ó Cardosa, estás à espera de quê? O FUNES é da ERC, é um homem tu cá tu lá com as editoras.

Privada, o bacoco disse...

Com diria o outro, " o que é o deserto, se não tudo e nada, é onde Deus tem a liberdade de estar sem os homens"

Blimunda disse...

Ninguém a dirá simplemente porque na busca ninguém a reconhece como tal.

saphou disse...

Estou aqui Mofina, para ti. Beijo.

mac disse...

Beijo