quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CINEMA MUDO

A memória é silenciosa
Como os passos de um ladrão

A memória esconde-se
Em palavras a perto e branco

Lenta
Com os movimentos descoordenados
Culpada
Em cada um dos seus golpes de punhal
Frívola
Na sua maneira de não ser
E de nem acordar

Sempre
Um peso sobre os ombros
De uma memória tão inteira

Que a cada dia se apaga



10 de Novembro de 2011

4 comentários:

* hemisfério norte disse...

é como se fosse um papagaio de papel
que, de repente, nos foge das mãos

* hemisfério norte disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Graça Pires disse...

A memória dos sentidos... Gostei do poema. Beijos.

teresa g. disse...

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