terça-feira, 9 de outubro de 2007

NÃO BRINQUEM!

Fiquei com dó das crianças que há dias foram entregar no Oceanário as armas de brincar. Ainda bem que houve um reguila que só deixou a sua espada porque tinha outra em casa... É dos meus!

Iniciativa promovida pela Administia Internacional. Fiquei com dó de mim. Que decepção!

13 comentários:

teresa g. disse...

Olha, nunca se sabe o que faz diferença na cabeça de uma criança... desde que não tenha o efeito contrário...

Sempre achei uma estupidez oferecer armas de brincar às crianças, mas como já me disseram muitos pais 'pois, é fácil falar, tu não tens filhos'. Os meus afilhados levam sempre com prendas úteis e educativas. Se calhar já tenho rótulo de madrinha chata. Mas afinal não somos nós, os adultos, que educamos as crianças? É verdade que o exemplo é o mais importante, e por aí estamos mal, mas pelo menos não vamos estimular a violência.

Enfim...

Acho que vamos entrar em competição para ver quem tem um radar melhor! Desta vez foi mesmo pontaria, porque o radar demora umas horas a actualizar-se - vim de lá agora mesmo. Vinha ouvir as conversas! E fiquei sem perceber - afinal o que é o dístico? Mas imaginei o que deve ter sido a cena... pois... à portuguesa.

Beijinhos

Blimunda disse...

Morfina, não acho que tenha sido caso para ter ficado com dó. Elas não as foram entregar, foram trocar por outros brinquedos e a mim pareceu-me muito bem! O hábito de brincar com armas vulgariza e sistematiza os actos de violência. Existem inúmeros brinquedos capazes de estimular e sistematizar atitudes construtivas. Eu sou mãe e tia e não me chateio mesmo nada que as minhas crianças me achem chata. Um dia saberão entender...

Mofina disse...

Alô, alô, daqui fala a tia!

Durante muitos anos também pensei que era horrível incentivar a violência nas crianças. Depois, tive de engolir todas as minhas teorias... Fui ameaçada com uma pistola de água. Rendi-me e acabei por fazer gosto ao dedo também!

Nada melhor do que soltar as energias na idade certa. É o truque para o equilíbrio emocional.

Blimunda disse...

E que tal experimentar oferecer aos putos uma mangueira de jardim? É capaz de resolver, não? E que tal jogar futebol, a apanhada, etc etc, não dá para libertar energias na idade certa? Equilíbrio emocional? Bolas?!!Muito me espanta, Morfina, que acredite mesmo que oferecer armas de brincar aos miudos os ajude a encontrar o equilíbrio emocional...

Blimunda disse...

Eh lá...estou pior que o outro!!!Já lhe chamei Morfina duas vezes! Mea culpa, mea culpa!!! Não sei onde estou com a cabeça? Acho que ando a ficar apanhada com o blogue do Funes...e às tantas estou é a precisar de um analgésico!

Mofina disse...

mazona:


Credo, a mangueira do jardim é muito mais potente. Caia logo...

Por falar em Funes, o xadrez também é uma batalha campal terrível, não é?

AJO disse...

pois... esse «reguila» já tem olho para a coisa... promete...

Blimunda disse...

E de que maneira?! Por isso é que eu nem abri a boca. Ele acha que é muito colorido, decerto é a cor do sangue do adversário que lhe dá cor. Vá-se lá entender a mente humana!

GRaNel disse...

As crianças (às vezes) não mentem.

Foi hilariante ver a reportagem.

Anónimo disse...

Não tinha conhecimento do facto referido, mas penso que por trás do acto simbólico deve haver uma consciencialização das crianças, relativamente à violência e à guerra.
Nunca se elimina totalmente a tendência para ser violento, mas alguma coisa ficará, pelo menos em algumas cabecinhas.
Nem que fosse só por isso, acho a iniciativa louvável.
Mas como não sei exactamente os contornos que teve... mais não digo.

Bjinhos.

teresa g. disse...

Bem a pistola de água acho divertido! Resta saber onde está a fronteira entre a pistola de água e aquelas porcarias das consolas que eles confundem com a realidade.

E depois há outros mundos para explorar. Quando se oferecem brinquedos em forma de arma deixam de se oferecer outras coisas. Muitas formas de soltar energias!

Mas concordo que é difícil convencer os miúdos, principalmente os rapazes, expostos às prateleiras do supermercado, das casas dos amigos, e sei lá mais o quê...

Olha, ia-me deitar há meia hora, quando te mandei um mail ensonado...

Jinhos!

teresa g. disse...

Cá estou eu outra vez, dois comentários seguidos...

Só para desejar bom fim de semana :)

Pepe Luigi disse...

Realmente o tema das armas de brincar dar-nos-ia aqui bastante que falar, começando nos grandes empórios de brinquedos até ao ínfimo educador.
Também estou de acordo que não é apenas a troca de pistolas, metralhadoras ou espadas por outros brinquedos que irão incentivar na criança a não violência. Esta tem que começar pelos lares, pelos media (TV, cinemas, jogos, etc)e por todos em geral.

Beijinhos