Num canteiro de jardim, vou colocar uma arranca de pé de esquecimento. Depois, é só regar todos os dias, não me posso esquecer. É que dantes, como tinha boa memória, preocupava-me imenso, sobretudo com o futuro. Era uma menina velha e chata. Agora só sou chata. E velha. E também menina... Falta-me é a memória. Por isso, não quero saber do futuro.
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5 comentários:
Intriga-me essa associação entre memória e futuro.
Eu também fui um menino velho. Mais adulto que os adultos. Agora sou adolescente (como já toda a gente deve ter percebido pelas mudanças de humor...). Creio que tem, precisamente, a ver com a preocupação. E medo. Parece haver uma tribo de crianças que nascem velhas e só velhas se tornam crianças, despreocupadas. O Manuel Luís Goucha diz que também é dos nossos. Também está em fase de adolescência, depois de uma infância séria e preocupada.
Intriga-me essa associação entre memória e futuro. Explica-me melhor. Sinto que há algo importante por decifrar nisso.
Eu arranjo-te uma, tenho imensas. E ainda por cima esqueço-me de as regar. Mas elas são resistentes.
Tens é que me lembrar de ta levar ;)
Lembretes é o que mais necessitamos nestas nossas idades, não porque não tivessemos aprendido a lição toda, mas porque o DNA assim já o exige.
Beijinho
Todas as coisas têm o seu lado positivo. Podes ter uma má memória mas tens um bom esquecimento! Que precisas mais?
Agora diz-me amiga, para que raio precisas tu e eu de saber do futuro quando ele não quer saber de nós para nada?!!!
Eu devo ser muito burra: se já te falta a memória, para que diabo vais plantar e regar uma planta de esquecimento? Vais fazer chá com as folhas para esquecer tudinho definitivamente? Par esquecer até de pensar no tal futuro?
Desculpa lá por perguntar, mas a minha capacidade filosófica, metafórica, ou sei lá o quê, não atinge ideias tão surrealistas e transcendentes... (além de velha e com falta de memória, devo ter um QI baixinho).
Bjinho.
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