Este ano o Outono ainda arde com Sol
Ainda não começou a cair de cansaço
Mantém as sombras verdes
Sombras plácidas boas para um recolher
De pássaros com silêncio
Boas para um folhear distraído de memórias
Pequenos álbuns de luzes já amarelecidas
Já esbatidas pela repetição dos rostos
Este ano o Outono tem uma lista de nomes a menos
Mas a melancolia ainda está por chegar
Por enquanto as praias continuam abertas
É só mergulhar e recolher as uvas mais doces
Esperando que o mosto fermente no olhar
E pise o horizonte até à criação do verbo novo
Mas este Outono irá virar de repente
Varrido por um vento forte
Que cobrirá o chão com todas as cores do frio
9 comentários:
É a isto que chama poesia universal, como o horoscopo, todos se identificam. 5 stars
Tarda nada sobejará melancolia, minha poeta!
Setembro. Outono. A melancolia que se aguarda. Um belo poema.
Beijos.
Banda sonora aqui. A ouvir em repeat até perceber porque é que alguém fez aquele último comentário.
(Mas não digas nada à Blimunda, porque eu não arranjei nenhuma para Outubro)
Isto já parece promessa de bêbado, mas um dia destes ainda ponho as leituras em dia
Ai como é belo este teu espaço... BJS e bom fim de semana.
Passei para te deixar um terno beijo...
Escolheste uma foto excelente.
A poesia também está óptima: é daquela que diz alguma coisa que se percebe e com beleza nas palavras e nas ideias. A nota melancólica diz bem com o tema, além de ser companheira de quase todos os poetas. Mas felizmente que aí dentro não há só melancolia...
Bom Outono!
Bjos.
branco
chão
virá
a.
Enviar um comentário