domingo, 10 de dezembro de 2023

A NOITE DE TODOS OS MEDOS


No âmago do que é humano

Cravou-se o punhal mais tresloucado 

Malditas as trevas das nossas mãos  

Do viver nosso que a cada dia se desfaz


Desanda para trás a roda da história 

O tempo futuro foge-nos dos pés

Estamos agrilhoados até à alma

Somos escravos outra vez subjugados 

Arrastamos pesados medos e ódios 

 

Olho por olho no ranger dos dentes 


Só ficamos a salvo sempre que viramos costas

Quando nos escondemos no escuro

Das sombras que mais nos envergonham


A gorda matança dos inocentes 

Ah como nos repugna tanto 

À hora de engolir para adormecer


8 comentários:

Jaime Portela disse...

A matança de inocentes continua mais bárbara do que nunca.
E não há ninguém que consiga travar tais carnificinas.
Excelente poema, os meus aplausos.
Uma ótima semana.
Abraço.

Graça Pires disse...

"Arrastamos pesados medos e ódios". É verdade. A crueldade espalhada pelo mundo dói-nos na alma. Um poema belo e lúcido.
Só volto para o ano.
Desejo-lhe um Natal cheio de Amor e um ano de 2024 com saúde e paz.
Um beijo.

Anónimo disse...

por vezes não é olho por olho e sim olho pela vida
a.

Rajani Rehana disse...

Great blog

Jaime Portela disse...

Boa semana e Festas Felizes.
Um beijo.

Jaime Portela disse...

Boa semana e Feliz Ano Novo, querida amiga Regina.
Um abraço.

Jaime Portela disse...

Passei por aqui uma vez mais para continuar a dizer mais banalidades.
Mas sinceras...
Tenha uma boa semana, querida amiga regina.
Um beijo.

Anónimo disse...

Chaplin acreditava no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror
a.