contra estas abelhas azuis que picam os abrunhos
contra esta idade aberta ao ritmo do galope
contra o precipício que aparece sem aviso
caindo para dentro de outro céu, de outro grito
as cadeiras morrem e sonham e bocejam
e batem o pé
e partem-se porque estão derreadas de tanto sol
porque queimaram os braços com tanto mel
porque já não podem com tanta eternidade
não sei como as árvores não se desfazem no chão
talvez a única técnica de sobrevivência seja a morte
talvez o próprio sol precise de raízes para não apodrecer
6 comentários:
Gosto!
Gosto muito de abrunhos. Os pássaros também gostam deles. E eu gostei do poema...
Beijos.
Parabéns pelo blog, gostei imenso!
Guilherme Monteiro
http://guilherme10monteiro.blogspot.com
Este é um género de poesia que eu muito aprecio!
Bom fim de semana.
Saudações poéticas
31 de Agosto?!?
Mofina, atão, apetece-me melancia, vá lá...
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