terça-feira, 26 de outubro de 2010

CARTOGRAFIA

Apago as linhas do mapa

Ponho as montanhas ao nível da régua
Levanto o mar até afogar os olhos dos pássaros
Até inundar todos os centímetros do universo

Mas tudo é intenso e clandestino
E não há nenhum lugar para as águas
Nem mesmo para as mais secretas

É preciso voltar ao princípio das descobertas
Desta vez com  melhor vontade
Guardando o futuro numa caixa bem aberta

Ir até onde a voz acaba e o céu começa

3 comentários:

Blimunda disse...

E é para lá que tudo se alinha - para o caos. Depois será o génesis - onde a voz se cala e o céu começa.

mac disse...

Mas eu não quero que o céu comece! Porque se começa então também acaba...

privada disse...

Obrigado Mofina