segunda-feira, 13 de novembro de 2023

SOU MUITO SUPERFICIAL

no fundo da Lua 

encontro um poço

no fundo do poço

escavo um buraco

no fundo do buraco

escondo um barco 

que suavemente se vai afundando 

na forte rebentação do olhar


4 comentários:

Jaime Portela disse...

Mentirosa...
De superficial não tens nada, antes pelo contrário.
E este poema prova o que digo, já que é bem profundo, na forma e no conteúdo.
Gostei imenso, só tenho pena que publiques tão poucas vezes.
Um beijo e boa semana, minha querida amiga Regina.

Graça Pires disse...

Afundar o barco na forte rebentação do olhar. E procurar quem a salve no brilho dos seus olhos. Tão belo, o poema!
Uma boa semana.
Um beijo.

Jaime Portela disse...

Li e reli.
Continuei a gostar.
Boa semana.
Beijinhos.

Anónimo disse...

no fundo do olhar encontro uma boia/ no meio da boia encontro uma mão/no fundo da mão encontro um amigo
.....e de mão dada de novo fui ter à lua
a.