segunda-feira, 16 de abril de 2007

O círculo da água e da vida

Contaram-me este episódio que achei de uma deliciosa filosofia...
A avó caiu, pisando-se no joelho. O neto, muito carinhoso, ajudou-a em tudo, incluindo, a pôr gelo na parte magoada. Quando o susto passou, o garoto foi brincar para a escada. Não demorou muito quando ele regressa aflito, como se tivesse feito um grande disparate, e conta à avó que o gelo tinha morrido... A avó ainda demorou a perceber aquela frase. Claro, são as coisas mais simples que não se percebem. O gelo havia-se derretido! Apenas isso.
É bem verdade, acrescento eu. A água morreu e subiu aos céus!

45 comentários:

Magri disse...

Esta é mesmo deliciosa:
As crianças vêem as coisas dum modo personificado, que escapa aos adultos.

Apenas acho que, pela lógica, quem se devia ter magoado e ter o gelo seria o neto, já que ele regressa aflito a dizer que o gelo morreu.

Não importa, é uma bonita história, em que até eu percebo a mensagem.

Beijinhos

teresa g. disse...

E vai voltar à terra e aos céus e à terra e aos céus!
Serão as crianças mais sábias do que parecem?!

Bjinho

oceanus disse...

Muito original esta historia, as crianças são assim mesmo, quando menos esperamos surgem com algo completamente inesperado e ás vezes desprovido de toda e qualquer realidade. Mas aqui ele "morreu" e "renasceu" e voltou outras tantas vezes, e em outras formas ou melhor estados! Conheces a história da "menina gotinha de água" ?? É muito bonita...

um abraço Oceanus

Avusa disse...

A mente das crianças fascina-me!
Tanto são capazes do mais surreal pensamento como da mais implacável verdade. Gostei muito do teu texto e diga-se de passagem do teu Blog. Voltarei, posso???

bjs

Anónimo disse...

Escrevi um comentário de meio metro.
Por razões atrengalhadas, perdi-o.
Agora, vou ter que ficar por duas linhas.
Que sorte. A tua!!!!

Tô em Alpalhão. És servida?!

Anónimo disse...

Este blog, sim, não é blogue, tem um crescimento idêntico ao da economia. Nacional.

Alpiarça

jg disse...

Escrever blogue em vez de blog seria com escrever "volquessevaguene" em vez de "volkswagen".

Por acaso até conheço quem pronuncie esa raridade como "volvague"

Aceisseira (?)

Magri disse...

Mofina, desculpa a intervenção linguística:

Queria dizer ao "jg" que Volkswagen é um nome próprio, ao passo que blog/blogue é um nome comum, logo não há nada que impeça o seu aportuguesamento, como acontece em inúmeras outras palavras vindas do inglês ou de outros idiomas.
Afinal nós dizemos e escrevemos computador e não computer, clube e não club, futebol e não football (e todas as outras provenientes da ball), bem como esqui em vez de ski...
E se quisesse ser exaustiva teria que fazer um dicionário, uma vez que todas as palavras portuguesas já vieram de outras em outras línguas.

Claro que o aportuguesamento não é sistematicamente obrigatório, mas também não deve ser interdito.

É só a minha opinião, não quero ofender ninguém.

jg disse...

Mo(r)fina,vou ter que utilizar este espaço para poder responder a "margri".

A questão colocada é de uma clareza elementar.
Mas bastou-me ler parte do primeiro parágrafo da "margri" para a destituir de razão. E, passo a citar: "Queria dizer ao "jg" que Volkswagen é um nome próprio, ao passo que blog/blogue é um nome comum..."
Provo, sem muito esforço, que haverá muito mais gente a saber o que é um Volkswagen do que a ter ouvido falar ou conhecer um blog.
Posto isto, dizer que blog/blogue é um nome comum, vou ter que rever o significado de comum!!!

Anónimo disse...

Bonito!!!
Já agora, concordo integralmente com a Magri; não porque ela seja de "uma clareza elementar", mas porque gramaticalmente tem toda a razão.
Pouco "comum" é atribuir a um Nome Comum o significado de (mais) conhecido.

Mofina disse...

Magri:
1- Não expliquei correctamente que o menino aproveitou o gelo que tinha curado a avó para brincar. Dai a confusão...
2- JG é um sujeito incomum que tem como função gramatical, o de complemento indecto!

Jardineira:
Exactamente, podes crer!

Oceanus:
As crianças são geniais porque não sabem que o são.

Avusa:
Obrigada pela visita e volta sempre.

Anómimo 1 e 2:
Beijinhos à mana.

JG:
Mas onde é que está escrito blogue ou blog? Andas a durmir mal...

Anónimo disse...

Por muito que tentasse, não conseguiria definir melhor o jg.

Parabéns Mofina!

Mofina disse...

RECTIFICAÇÃO:
Também estou com sono, por isso, escrevi durmir em vez de dormir.

Anómimo 3 e 4:
Gostei dos vossos comentários não identificados.

jg disse...

Depois deste abanão para pôr este blog em movimento, concluo:
- Como poderá haver entendimento entre os deputados da Nação (umas centenas deles) se três ou quatro turistas, de passagem por uma simples postagem, armam tamanho granel?!!
Tudo baseado em pressupostos!!!
A minha máxima continua actual: "A presunção (de presumir) é mãe de todo disparate"
A todos, beijinhos e abraços.

Anónimo disse...

Os "turistas" de passagem, limitaram-se a comentar, com o devido respeito, um texto da margri e uma afirmação, de comicidade a "granel", de outro "turista", porventura residente, tamanha é a diferença intelectual que o distancia de quem por aqui vai passando; tanta, que até "abana" para que este blog(ue) tenha movimento!...
Nunca uma afirmação foi tão carregada de sentido: "A presunção (de presumir) é mãe de todo disparate"; sobretudo a parte do "disparate".
O resto é "comum" (de muito conhecido).
Beijinhos á magri e ao jg.

teresa g. disse...

Ena, batatada! Pena que cheguei tarde, já está na hora de durmir!

PJP disse...

é tão mágico descobrir a criança que existe em nós e com ela toda a simplicidade que se nos vai escapando em todos os vislumbres da nossa existência social ...

parabéns por todas as divagações e as outras poesias repletas de sensibilidade ;O)

PJP disse...

esqueci-me de referir:

http://comentariosemcadeia.blogspot.com/2007/04/o-murmurar-das-pedras.html

Avusa disse...

Gostava que desses um saltinho ao primeiro post do blog a que chamaste de postagens de terceiros, se puderes. Verás que não é bem isso! Tenho a ceteza que irás entender a nossa intenção!

Foste escolhida por um de nós… e se quiseres juntar-te a nós, serás muito bem vinda! Será um prazer para nós!

http://comentariosemcadeia.blogspot.com/2007/02/comentrios-em-cadeia.html

caminhante disse...

Somos agricultores de utopias!
Colhemos sementes através da internet, e viemos roubar um pouco da tua poesia. Obrigada por a partilhares neste blog, roubámos um bocadinho para semear por outros lados!

Beijos amiga e continua!

http://comentariosemcadeia.blogspot.com/

Avusa disse...

tens vontade em aderir?
não é apenas espiritualidade. É que que tu quiseres!!!
Queres? Se sim deixa o teu email no primeiro post do blog, ok?

Será para nós uma honra!!!

jg disse...

Ó Mofina, rapariga, tu com todo o tempo do mundo e algum engenho e arte, consegues explicar-me, como se eu fosse muiiiiito burro, o que é que leva um comentador de blogs a ser anónimo?!!

E os coleccionadores de comentaristas?!! Parecem tolinhos!!!
Vamos fazer comentários em cadeia?!! Que é isso?!! Alguma irmandade?!!!!

Visitam blogues para serem retribuidos?!!

Dasssss.....

Daterra disse...

a verdade das coisas quase que passa despercebida na sua simplicidade:)

Talvez seja assim em muitas coisas nas nossas vidas!

Paz e Luz

Avusa disse...

Realmente há que ter muito poder de encaixe. A compreensão nem sempre surge perante tamanha ignorancia...

Muita Paz

Mofina disse...

Meus amigos, a internet é um lugar privilegiado para conhecer novas pessoas e novos interesses. Na verdade, acho fora de comum esta ideia de bloques em cadeia. Mas nada contra...
Apenas um reparo: Se tivesse querido tornar público o meu mail, já o teria feito por iniciativa própria.

PAZ, MUITA PAZ

teresa g. disse...

Ena, batatada de novo!

Eu por acaso acho esta ideia dos comentários em cadeia giríssima, mas como diz o nosso amigo Oceanus, se pensássemos todos da mesma forma este mundo não tinha piada nenhuma. Isto, claro, é a opinião de uma 'tolinha' que passa a vida atrás das abelhas e das flores com a máquina fotográfica para as pôr num blog(ue).

Por falar nisso os meus passaritos estão quase a sair do ninho, vou ver se ainda vou pustar, ops postar... hein... publicar... enfim, uma foto. (Espero não levar com uma batata!)

Caramba, se nós fossemos crianças não fazíamos tanta confusão!

Beijinhos!

Avusa disse...

bem, que desafino total se gerou aqui!!!

Muita paz definitivamente!!!

Anónimo disse...

Anónima

Gender: Female

Location: Norte : Portugal

About Me

Eu

Interests
Imensos.

Favorite Movies
Todos os que me apetece

Favorite Music
Varia com a ocasião e é sempre, sempre, sempre, condicionado pela companhia.

Favorite Books
Com história

JG, estamos ambos apresentados.
Elementar e comum.

jg disse...

Quero, aqui e agora, protestar violentamente com o facto de a postadeira de serviço andar sistematicamente a "passarinhar" pela blogosfera a "cheirar" os bitaites de terceiros em vez de se aplicar no duro e produzir alguma coisa que valha a pena.
Quem subscrever a moção, diga: CONCORDO. (sem comentários supérfulos. Como este)

Anónimo disse...

CONCORDO.

Anónimo disse...

EU TAMBÉM.

Anónimo disse...

mas afinal quem é a postadeira de serviço???
e tem que ser violentamente???

jg disse...

Ó INCRÉDULO, a postadeira de serviço é a dona do blogue!!
Daaaaaaaaa...

Anónimo disse...

Ó jg, alguem te fez mal alguma vez?
Sofreste de abusos?

teresa g. disse...

Olha a batatada está a tentar continuar! Mofina espero que não tenhas ficado sem net, hoje vi uma trovoada valente aí pelos teus lados. Aqui na xerra quando troveja assim ficamos logo com isto tudo avariado, a última vez foi uma semana!
Beijinhos!

sa.ra disse...

Estou completamante alheia aos choques em cadeia que, parece, resultaram da divulgação deste post...

O comentários em cadeia é um "projecto" de divulgação de coisas boas.

Esta história é muito bonita na sua simplicidade.

Todos nós - TODOS - usamos, recriamos, difundimos, reciclamos ideias, pensamentos, textos que felizmente nos chegam de todo o lado. Desde a simples troca de ideias numa conversa, passando pela leitura, um filme, documentário ou informação na net.

Dúvido que alguém possa dizer, isto é "só meu". Qualquer corrente de pensamento, bem como os produtos daí resultantes, são fruto de uma teia de trocas e influências.

O apego ao "meu" é evidentemente a destruição da permissa que nos permite recriar as nossas próprias ideias, pois as ideias de outros trouxeram-nos aqui. Alimentar essa cadeia de partilha, de troca, de difusão é dar continuidade ao que recebemos.

Assim como a água que não morre, a transformação do "estado" de cada coisa, em outra coisa diferente é o caminho da evolução, da aprendizagem e do crescimento.

Porque a água não morre, nem o amor se pode esgotar.
Porque as crianças olham e sentem com uma simplicidade desconcertante e lúcida.
Porque esta história nos coloca diante de uma perplexidade genuína,

Parabéns por este post!

Beijinho

http://comentariosemcadeia.blogspot.com/

Avusa disse...

Mofina, preferes que tire o post que colocámos no "Comentários em Cadeia"?

Já deu confusão a mais. Nada do que nós prentendíamos.

Anónimo disse...

Este emissor tem uma boa programação, mas infelizmente há demasiadas interferências que estragam a emissão.
É pena...

teresa g. disse...

O sr anónimo queria o monopólio do sinal? Isso era no tempo da outra senhora!

Pronto, lá foi peixeirada. Desculpa lá mofina, vinha só ver se já tinhas voltado. Espero que não tenhas ficado sem modem, para vir pôr ordem nestes teus comentadores!

Beijinhos, bom fim de semana!

teresa g. disse...

Mofina escreve-se com letra Maiúscula! Antes que leve com uma batata!

Mofina disse...

sa.ra

Discurso lindíssimo, o da partilha. Acontece que tenho razões, mais do que suficientes, para ter um forte apego ao MEU pensamnto e às MINHAS ideias.
É que tirando isso, não tenho absolutamente mais nada.
Pode parecer egoísmo puro e duro... Na verdade, é um único tipo de agradecimento que posso prestar à Mãe Natureza!

Jardineira:
A minha energia é forte... Balança mas não cai! lol

teresa g. disse...

Mofina, vou de novo meter uma colherada, e isto antes que venha a trovoada que já estou a ouvir rugir (espero não ficar sem net, senão lá se vai esta atribulada troca de ideias!).

Eu compreendo o teu apego às tuas ideias, naturalmente, mas também concordo com a sa.ra, ao colocar as nossas coisas na net estamos automáticamente a partilhá-las com todos - a não ser que se privatizem os blogs, espero que não o faças! Tu partilhas as tuas ideias, eu partilho as minhas fotos, e nas caixas de comentários todos trocamos ideias, bons e maus humores. Acho inevitável que acabemos por nos influenciar uns aos outros, quanto mais não seja na reacção emocional momentânea que temos ao ler um comentário, agradável ou desagradável.

Eu acredito que qualquer coisa que tornemos público pode ter um efeito multiplicador, nem que seja por uma única pessoa que leia aquilo que escrevemos ou que mostramos, e o integre um pouco na sua maneira de ver as coisas. Daí que me parece que temos alguma responsabilidade por aquilo que escrevemos - podemos estar a multiplicar o nosso encanto pela simplicidade dos miúdos, o a nossa preferência por determinadas ideias, ou o nosso azedume pelas coisas que passam ao nosso lado e não nos agradam.

Não me parece que a tua forma de pensar seja egoísta ou possa parecê-lo, é bom que acredites nas tuas ideias, é sinal que és inteligente e tens carácter. Mas também espero que esta trapalhada toda nos comentários não te faça retraír e guardar para ti as coisas boas que tens para mostrar - que as partilhes! Afinal isto serviu para pensarmos um pouco sobre as pessoas com quem nos cruzamos, que às vezes são tão diferentes de nós. Quem sabe, para alguns não poderia ser um bom exercício de tolerância (lá vai batata). E também para nos divertirmos um bocadinho (porque afinal de contas eu até gosto de um bocadinho de batatada!)

Mais uma vez bom fim de semana!

Mofina disse...

Minha querida jardineira:

Tens toda a razão, concordo a 10000% contigo. Aqui, na net, não há proprirdade privada. Apenas fiquei surpreendida por ver o meu post publicada noutro blog, sem ter sido consultada antes. Julgo que, para o sistema funcionar bem, devem existir regras, pelo menos algumas...

O Sol já brilha. Bom fim de semana para ti também e põe tampões nos ouvido por causa dos motores das motas! :D

sa.ra disse...

Bom dia Mofina!

Não acho nada de errado em ser-se "egoísta" ou em tentar preservar a singularidade e particularidade que assiste a cada um de nós!

De resto, se esse "egoísmo" fosse medular nem sequer haveria este blog, que por si só é uma forma de partilha e de entrega.

O que me espanta é a contradição de termos a que às vezes assisto.
Para quê criar um blog, expressar-se, partilhar ideias, conceitos, histórias, deixar em aberto a possilibidade de comentar, de discutir e depois, negar tudo isso, assumindo um posição de "isto é só meu"?

Há uns anos tive uma discussão bárbara com um amigo que dizia, "essa malta que escreve blogs enche a net de poluição!"

Na altura eu nem sequer tinha o meu blog. Mas diante dequela posição, achei que acima de tudo está a liberdade de cada um em se expressar à sua maneira e à sua medida. Seja lixo ou não, não nos cabe julgar. Ninguém tem esse direito!

Mas , de certa maneira, hoje concordo com ele num ponto. Se há quem não queira expôr-se e sujeitar-se à leitura e intervenção alheia, o melhor será preservar-se e escrever para si, como num diário pessoal, que se guarda na gaveta. Pode ainda usar as funções que impedem a selecção dos textos ou excluir a oportunidade de comentar.

De resto, se optou por comunicar, por difunfir as suas ideias, então deve considerar a responsabilidade dessa escolha. Até porque a qualquer momento pode escolher não fazê-lo mais.

O "egoísmo" de que falas não me parece nada pernicioso, nem me parece que este blog seja um exercício egoísta.

Compreendo que algumas pessoas se sintam incomodadas com a difusão descontrolada dos seus posts.

Eu não faço a menor ideia da repercussão que têm meu blog, e se queres saber não é isso que me importa.

Sem pejo, não tenho dúvida alguma em afirmar que por mais que me possam copiar, isso jamais me roubará o que quer que seja.

Continuarei a ser eu, tal como sou.
Somos, por natureza, únicos e irrepetíveis.

Por outro lado, eu recebo de muitos lados, de muitas fontes aquilo que contribui para a "formação" e construção daquilo que eu sou.

Nenhum de nós é uma entidade híbrida, acho.

Mas acho que não é isso, nem sobre isso que se desencadeou esta questão...

Raramante as coisas são o que parecem...

As intenções, as atitudes são interpretadas "a seco", e esse é o perigo desta ferramenta de comunicação!

Sem comlicações, sem dramas, sem temores, obrigada pela tua visita, pelo teu comentário e pelos teus post! São as tuas oferendas!

beijinho
Tem um dia muito feliz!

Anónimo disse...

bom comeco