Ainda nem se notam
Apenas na falta de duas torres
É tudo igual
Os mesmos segundos cronometrados ao segundo
A mesma astronomia suburbana de cidades satélites
Os valores universais que sobem e descem na Bolsa
As paixões a queima-roupa
Com um poema feito por esticão
Nenhuma novidade
Continua a descoberta líquida de Marte
Enquanto os preços disparam em todas as direcções
E a pobreza se propaga em múltiplas frentes de combate
Aos Deuses das mesmas prerrogativas e incógnitas
Se roga via e-mail com uma password estritamente pessoal
Se suplica pela estabilidade dos mercados
Para se apostar nas novidades mais rentáveis
Aquelas com as quais se atinge o éden e o nirvana
Ninguém vive ainda no terceiro milénio
Porque o XIX continua a ser o século passado
14-8-2008
6 comentários:
Registo que este texto literário tem já, aproximadamente, 1.780 horas. Passadas que são essas horas todas, é legitímo pensar que, na certa, já chegamos ao novo século, tu é que não deste por nada. O novo milénio chega já a seguir. É preciso é calma.
Ok, quando for grande volto a comentar neste blogue.
Seria legítimo corrigir a palavra legitímo mas não me apetece. Corrigam-na vocês.
Eu é que não.
A Blimunda se quiser que arranje quem a corriga.
Olha que não, olha que não! O séc xxi refina em estupidez todos os outros séculos. É a Idade do Folhetim no seu melhor.
Por falar nisso, já leste este (o Jogo das Contas de Vidro)? Se estiveres interessada pode ser o 1º!
Esta falta de chuva e consequente pasmaceira no caudal dos rios, pega-se, na perfeição, ao nome deste blog.
As pedras murmuram nada.
Hoje, uma nota positiva para o séc XXI!
YES!
Enviar um comentário