quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

As casas e seus beirais

É quase o regresso das andorinhas...
Vêm habitar memória outra vez,
Mas quantas das casas são já mortas?
Quantos telhados caídos no chão?

Não, não vasculham nos escombros
Construem é outros ninhos
E fixam no instinto um novo sul.

Uma nova vida eclode
Será essa a futura direcção!

7 comentários:

teresa g. disse...

Elas sabem o que é impermanência...

Cá estou eu, inevitavelmente. Já tinha recebido aquele mail, mas com o ecrân cheio de ratos (hamsters?) Ri-me estupidamente até às lágrimas.

Bjinhos

Blimunda disse...

E porque andorinha atrai andorinha...

Leva-me contigo, andorinha dos dias distantes
Partamos para terras diferentes
Onde o sol brilha.
Dá-me o teu voar, prenúncio de horas felizes
Não quero poiso permanente
Chega um abrigo.
Ensina-me tudo, alegria dos alvos beirais
Do teu efémero ninho quente
Casa de breve carinho.

Partamos agora, andorinha do tempo antigo
Alcança o beiral da minha alma
E leva-me contigo.

Mofina disse...

Jardineira:

Aliviou o stress? ;)

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Mazona:

Tb quero ir...
Escreves duma forma que emociona. Acredita!

Anónimo disse...

Mas as andorinhas não perdem tempo a chorar as casas mortas ou os telhados caídos; reconstroem e readaptam-se, já que não evoluir é estagnar e morrer: toda a Natureza sabe disso!

Mas mudando de assunto: que mail de ratos é esse que fez rir a Jardineira até às lágrimas?
Eu também quero, ora essa!...

Bjoca e bfs.

Anónimo disse...

na natureza nada se perde, tudo se transforma! - quem é que disse esta verdade, que já não me lembro?

Blimunda disse...

Mofininha quem me dera que as palavras me saissem tão solarengas...não é meu e não sei de quem é! Olha só o que encontrei hoje também:

Lieba-me cuntigo, andorina de ls dies loinge i chenos...
Bamos para tierras çfrentes i de grandura sien fin...
Adonde l sol relumbra ...
Dá-me l tou bolar, seinha d'horas felizes
Nun quiero pouso para siempre

Bonda un abrigo...

Ansina-me todo, alegrie de ls altos i albos beirales...
De l tou fugaç niu caliente
Casa de brebe carino...

Bamos-mos agora, andorina de l tiempo antigo...
Alcança l beiral de la mie alma...

Çcansa ne l miu niu
I lhieba-me cuntigo...

Interessante não é?!

Mofina disse...

Apesar de ser mirandês, pode ser que a Marinha de Allegue conheça o autor(a)...