quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Espanta-gripes!

domingo, 28 de dezembro de 2008
Para uma linda menina ...
Os centros comerciais podem ser óptimos lugares de observação para se apanhar os pequenos e grandes flagrantes dos tempos actuais. As papeleiras deixaram de estar cheias de cinza e pontas de cigarros para estarem a abarrotar de todo o género de alimentos, devorados pela metade e cuspidos por inteiros.
Mas em vésperas de Natal, fui tocada por uma cena que me salvou e me valerá para o futuro próximo. Mãe e filha sentam-se com os gelados mais pequenos que havia à venda e comem devagar, colher a colher, num silêncio de sorrisos tristes. A mulher, meio ausente, tem um ar abatido pelo peso sabe-se lá de que solidão e de que vidas. A menina, linda como uma bonequinha, come até à altura em que diz baixinho que não quer mais. É então que, de uma voz muito calma, recebe a lição de que as coisas custam dinheirinho. A criança, acena com a cabeça, como que a pedir desculpa e engole tudo com resignação e evidente esforço.
Era uma menina tão pequena, não teria ainda 3 anos. E já com o mundo às costas!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Equações de quarto grau
Afinal, porque é que o Natal começou a ser visto de esguelha por tanta gente? Por causa de obrigar a um consumismo exagerado que nos deixa ainda mais à pendura, argumentarão alguns. Por nos tocar no sentimento, na pieguice e na saudade, dirão outros. Ou ainda, por ter tantas palavras de circunstância que nos asfixia até à medula.
Será por tudo... Mas há um fenómeno matemático que me faz deveras impressão: É a família que, quanto mais se multiplica, mais se divide.
Que coisa!

sábado, 20 de dezembro de 2008
É mesmo por encomenda...
PARA TODOS OS QUE ME TÊM FEITO COMPANHIA NESTES MONTES SEM FIM...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Pedido...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Fio da navalha


terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Todos os dias

Os blogs andam a morrer a mão-cheia. Ou são as datas que se apagam das agendas. Também é provável que a escrita nunca mais volte a ser permanente como nos tempos do papiro.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Agradecimento tardio... ou talvez não!
“Às vezes julgo que sou uma espécie de cobaia do futuro e que, irremediavelmente, faço parte daqueles que andam a ensaiar outro modo de tocarmos no mundo. Vejo, e não quero fingir que não vejo, que as pessoas andam muito magoadas a viver o que vivem. Creio que tudo se está a passar ainda no estádio intermédio do destino humano: as raças, as civilizações, a Terra inteira. É possível que esta história não seja ainda a verdadeira história do homem mas a dum ser intermédio. (…)”
“(…) a verdade é que sei coisas de mais e, se é certo que elas não me deixam odiar, também acho que não me deixam apaixonar. A razão fica sempre à espreita e não me consigo entregar emocionalmente, nem a uma ideia, nem a uma religião, nem mesmo a um amor…”
Este livro parou duas vezes nas minhas mãos: À primeira leitura só pude dar conta de algo que, precipitadamente, classifiquei de snobismo intragável. Afinal o snobismo era meu e da minha miserável interpretação. À segunda leitura pura e simplesmente rendi-me. Posso dizer que este livro deu-me volta à cabeça e libertou-me de um sem-número de tabus, inibições e ideias feitas.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Atlas

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Cenas que até parecem mentira

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
E mais...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008
O segredo
Na verdade as mulheres não têm sexto sentido nenhum, nem excesso de sensibilidade. Têm bem mais do que isso... Algo que nem a nossa comprida consegue revelar!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Estória de encantar
A vontade do príncipe é transformar-se rapidamente num sapo. Mas, após uma breve reflexão, volta ao cavalo e foge a galope em busca da bruxa má.
São capazes de viver felizes para sempre!

sábado, 22 de novembro de 2008
Ensurdecedor

Maluca já sou

quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Que tristeza, caramba!
E não sei por que é que só faço disparates!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008
My password

quarta-feira, 12 de novembro de 2008
O Silêncio
Conviver é estar alerta para que nenhuma das nossas palavras ganhe demasiado significado. Devemos viver como quem procura simplesmente se esquecer de si mesmo.
O rei vai nu… deixá-lo ir! As paredes estão direitas e tudo está bem, nunca esteve melhor! Para quê dizer o contrário se isso não nos dá nenhum rendimento? Deixemos a metafísica, façamos vénias à alegria, à alegria calma e nutritiva, à alegria de não ter outras razões do que as nossas próprias razões. Sejamos felizes, felizes a qualquer preço, sejamos felizes sobre as ruínas, sobre o silêncio da nossa própria infelicidade.

sábado, 8 de novembro de 2008
Ah pois!

É isso

Pequena história de amor

quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Ao calhas

segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Reflexão de Segunda-Feira
- Casar
- Votar
- Ter filhos
- Morrer
- Fazer análises clínicas
- Ter acesso à Internet
- Trabalhar

sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Cimeira Ibero-Americana

quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Um post de quilómetro, mas que me apetece pôr aqui.
O cágado
Almada Negreiros
Havia um homem que era muito senhor da sua vontade. Andava às vezes sozinho pelas estradas a passear. Por uma dessas vezes viu no meio da estrada um animal que parecia não vir a propósito — um cágado.
O homem era muito senhor da sua vontade, nunca tinha visto um cágado; contudo, agora estava a acreditar. Acercou-se mais e viu com os olhos da cara que aquilo era, na verdade, o tal cágado da zoologia.
O homem que era muito senhor da sua vontade ficou radiante, já tinha novidades para contar ao almoço, e deitou a correr para casa. A meio caminho pensou que a família era capaz de não aceitar a novidade por não trazer o cágado com ele, e parou de repente. Como era muito senhor da sua vontade, não poderia suportar que a família imaginasse que aquilo do cágado era história dele, e voltou atrás. 0uando chegou perto do tal sítio, o cágado, que já tinha desconfiado da primeira vez, enfiou buraco abaixo como quem não quer a coisa.
O homem que era muito senhor da sua vontade pôs-se a espreitar para dentro e depois de muito espreitar não conseguiu ver senão o que se pode ver para dentro dos buracos, isto é, muito escuro. Do cágado, nada. Meteu a mão com cautela e nada; a seguir até ao cotovelo e nada; por fim o braço todo e nada. Tinham sido experimentadas todas as cautelas e os recursos naturais de que um homem dispõe até ao comprimento do braço e nada.
Então foi buscar auxílio a uma vara compridíssima, que nem é habitual em varas haver assim tão compridas, enfiou-a pelo buraco abaixo, mas o cágado morava ainda muito mais lá para o fundo. Quando largou a vara, ela foi por ali abaixo, exatamente como uma vara perdida.
Depois de estudar novas maneiras, a ofensiva ficou de fato submetida a nova orientação. Havia um grande tanque de lavadeiras a dois passos e ao lado do tanque estava um bom balde dos maiores que há. Mergulhou o balde no tanque e, cheio até mais não, despejou-o inteiro para dentro do buraco do cágado. Um balde só já ele sabia que não bastava, nem dez, mas quando chegou a noventa e oito baldes e que já faltavam só dois para cem e que a água não havia meio de vir ao de cima, o homem que era muito senhor da sua vontade pôs-se a pensar em todas as espécies de buracos que possa haver.
— E se eu dissesse à minha família que tinha visto o cágado? - pensava para si o homem que era muito senhor da sua vontade. Mas não! Toda a gente pode pensar assim menos eu, que sou muito senhor da minha vontade.
O maldito sol também não ajudava nada. Talvez que fosse melhor não dizer nada do cágado ao almoço. A pensar se sim ou não, os passos dirigiam-se involuntariamente para as horas de almoçar.
— Já não se trata de eu ser um incompreendido com a história do cágado, não; agora trata-se apenas da minha força de vontade. É a minha força de vontade que está em prova, esta é a ocasião propícia, não percamos tempo! Nada de fraquezas!
Ao lado do buraco havia uma pá de ferro, destas dos trabalhadores rurais. Pegou na pá e pôs-se a desfazer o buraco. A primeira pazada de terra, a segunda, a terceira, e era uma maravilha contemplar aquela majestosa visibilidade que punha os nossos olhos em presença do mais eficaz testemunho da tenacidade, depois dos antigos. Na verdade, de cada vez que enfiava a pá na terra, com fé, com robustez, e sem outras intenções a mais, via-se perfeitamente que estava ali uma vontade inteira; e ainda que seja cientificamente impossível que a terra rachasse de cada vez que ele lhe metia a pá, contudo era indiscutivelmente esta a impressão que lhe dava. Ah, não! Não era um vulgar trabalhador rural. Via-se perfeitamente que era alguém muito senhor da sua vontade e que estava por ali por acaso, por imposição própria, contrafeito, por necessidade do espírito, por outras razões diferentes das dos trabalhadores rurais, no cumprimento de um dever, um dever importante, uma questão de vida ou de morte — a vontade.
Já estava na nonagésima pazada de terra; sem afrouxar, com o mesmo ímpeto da inicial, foi completamente indiferente por um almoço a menos. Fosse ou não por um cágado, a humanidade iria ver solidificada a vontade de um homem.
A mil metros de profundidade a pino, o homem que era muito senhor da sua vontade foi surpreendido por dolorosa dúvida — já não tinha nem a certeza se era a qüinquagésima milionésima octogésima quarta. Era impossível recomeçar, mais valia perder uma pazada.
Até ali não havia indícios nem da passagem da vara, da água ou do cágado. Tudo fazia crer que se tratava de um buraco supérfluo; contudo, o homem era muito senhor da sua vontade, sabia que tinha de haver-se de frente com todas as más impressões. De fato, se aquela tarefa não houvesse de ser árdua e difícil, também a vontade não podia resultar superlativamente dura e preciosa.
Todas as noções de tempo e de espaço, e as outras noções pelas quais um homem constata o quotidiano, foram todas uma por uma dispensadas de participar no esburacamento. Agora, que os músculos disciplinados num ritmo único estavam feitos ao que se quer pedir, eram desnecessários todos os raciocínios e outros arabescos cerebrais, não havia outra necessidade além da dos próprios músculos.
Umas vezes a terra era mais capaz de se deixar furar por causa das grandes camadas de areia e de lama; todavia, estas facilidades ficavam bem subtraídas quando acontecia ser a altura de atravessar uma dessas rochas gigantescas que há no subsolo. Sem incitamento nem estímulo possível por aquelas paragens, é absolutamente indispensável recordar a decisão com que o homem muito senhor da sua vontade pegou ao princípio na pá do trabalhador rural para justificarmos a intensidade e a duração desta perseverança. Inclusive, a própria descoberta do centro da Terra, que tão bem podia servir de regozijo ao que se aventura pelas entranhas do nosso planeta, passou infelizmente desapercebida ao homem que era muito senhor da sua vontade. O buraco do cágado era efetivamente interminável. Por mais que se avançasse, o buraco continuava ainda e sempre. Só assim se explica ser tão rara a presença de cágados à superfície devido à extensão dos corredores desde a porta da rua até aos aposentos propriamente ditos.
Entretanto, cá em cima na terra, a família do homem que era muito senhor da sua vontade, tendo começado por o ter dado por desaparecido, optara, por último, pelo luto carregado, não consentindo a entrada no quarto onde ele costumava dormir todas as noites.
Até que uma vez, quando ele já não acreditava no fim das covas, já não havia, de fato, mais continuação daquele buraco, parava exatamente ali, sem apoteose, sem comemoração, sem vitória, exatamente como um simples buraco de estrada onde se vê o fundo ao sol. Enfim, naquele sítio nem a revolta servia para nada.
Caindo em si, o homem que era muito senhor da sua vontade pediu-lhe decisões, novas decisões, outras; mas ali não havia nada a fazer, tinha esquecido tudo, estava despejado de todas as coisas, só lhe restava saber cavar com uma pá. Tinha, sobretudo, muito sono, lembrou-se da cama com lençóis, travesseiro e almofada fofa, tão longe! Maldita pá! 0 cágado! E deu com a pá com força no fundo da cova. Mas a pá safou-se-lhe das mãos e foi mais fundo do que ele supunha, deixando uma greta aberta por onde entrava uma coisa de que ele já se tinha esquecido há muito - a luz do sol. A primeira sensação foi de alegria, mas durou apenas três segundos, a segunda foi de assombro: teria na verdade furado a Terra de lado a lado?
Para se certificar alargou a greta com as unhas e espreitou para fora. Era um país estrangeiro; homens, mulheres, árvores, montes e casas tinham outras proporções diferentes das que ele tinha na memória. 0 sol também não era o mesmo, não era amarelo, era de cobre cheio de azebre e fazia barulho nos reflexos. Mas a sensação mais estranha ainda estava para vir: foi que, quando quis sair da cova, julgava que ficava em pé em cima do chão como os habitantes daquele país estrangeiro, mas a verdade é que a única maneira de poder ver as coisas naturalmente era pondo-se de pernas para o ar...
Como tinha muita sede, resolveu ir beber água ali ao pé e teve de ir de mãos no chão e o corpo a fazer o pino, porque de pé subia-lhe o sangue à cabeça. Então, começou a ver que não tinha nada a esperar daquele país onde nem sequer se falava com a boca, falava-se com o nariz.
Vieram-lhe de uma vez todas as saudades da casa, da família e do quarto de dormir. Felizmente estava aberto o caminho até casa, fora ele próprio quem o abrira com uma pá de ferro. Resolveu-se. Começou a andar o buraco todo ao contrário. Andou, andou, andou; subiu, subiu, subiu...
Quando chegou cá acima, ao lado do buraco estava uma coisa que não havia antigamente — o maior monte da Europa, feito por ele, aos poucochinhos, às pazadas de terra, uma por uma, até ficar enorme, colossal, sem querer, o maior monte da Europa.
Este monte não deixava ver nem a cidade onde estava a casa da família, nem a estrada que dava para a cidade, nem os arredores da cidade que faziam um belo panorama. O monte estava por cima disto tudo e de muito mais.
O homem que era muito senhor da sua vontade estava cansadíssimo por ter feito duas vezes o diâmetro da Terra. Apetecia-lhe dormir na sua querida cama, mas para isso era necessário tirar aquele monte maior da Europa, de cima da cidade, onde estava a casa da sua família. Então, foi buscar outra pá dos trabalhadores rurais e começou logo a desfazer o monte maior da Europa. Foi restituindo à Terra, uma por uma, todas as pazadas com que a tinha esburacado de lado a lado. Começavam já a aparecer as cruzes das torres, os telhados das casas, os cumes dos montes naturais, a casa da sua família, muita gente suja de terra, por ter estado soterrada, outros que ficaram aleijados, e o resto como dantes.
O homem que era muito senhor da sua vontade já podia entrar em casa para descansar, mas quis mais, quis restituir à Terra todas as pazadas, todas. Faltavam poucas, algumas dúzias apenas. Já agora valia a pena fazer tudo bem até ao fim. Quando já era a última pazada de terra que ele ia meter no buraco, portanto a primeira que ele tinha tirado ao princípio, reparou que o torrão estava a mexer por si, sem ninguém lhe tocar; curioso, quis ver porque era — era o cágado.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008
O TEMPO QUE CONTINUA POR INAUGURAR
Ainda nem se notam
Apenas na falta de duas torres
É tudo igual
Os mesmos segundos cronometrados ao segundo
A mesma astronomia suburbana de cidades satélites
Os valores universais que sobem e descem na Bolsa
As paixões a queima-roupa
Com um poema feito por esticão
Nenhuma novidade
Continua a descoberta líquida de Marte
Enquanto os preços disparam em todas as direcções
E a pobreza se propaga em múltiplas frentes de combate
Aos Deuses das mesmas prerrogativas e incógnitas
Se roga via e-mail com uma password estritamente pessoal
Se suplica pela estabilidade dos mercados
Para se apostar nas novidades mais rentáveis
Aquelas com as quais se atinge o éden e o nirvana
Ninguém vive ainda no terceiro milénio
Porque o XIX continua a ser o século passado

quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Só de um fôlego

terça-feira, 21 de outubro de 2008
Chá de limão e um anti-gripe

sábado, 18 de outubro de 2008
Amizades II

sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Silêncio imperfeito
Um segredo é dito, mas ninguém o ouve porque os olhos estão fechados para a frente. Já não há atenção aos pormenores de um rosto, de um frio que percorre a rua triste e deserta. Desconhece-se tudo. O entardecer espalha-se num fogo escuro.

terça-feira, 14 de outubro de 2008
Amizades
— Ora viva, há tanto tempo!
— É verdade, quem diria, ainda na semana passada pensei em ti.
— Pois, sabes como é a vida, uma pressa danada...
— Se sei! Ainda agora venho a correr porque estou a tratar da papelada do meu carro novo.
— Oh, também tenho de chegar a horas ao ginásio. É preciso estar em forma e cuidar da saúde.
— Claro, basta pensar nos exemplos à nossa volta... Sabes do Andrade, não?
— Chocante, um tipo tão porreiraço e por causa do AVC já não anda nem fala.
— Um dia destes havíamos de ir lá fazer-lhe uma visita. Se bem que...
— Ok, depois, quando calhar, combina-se. É melhor deixar passar o Natal.
— Isso... Gostei de te ver, mas não posso demorar-me mais.
— Nem eu, adeusinho.
— Até uma próxima.

sábado, 11 de outubro de 2008
Anti-rugas

quarta-feira, 8 de outubro de 2008
As minhas contas estavam certinhas

segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Deafness
Se não tivesse escutado, de viva voz e vivo ouvido, esta frase ao nosso Nobel, confesso que não acreditaria.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Tostão furado

quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Um peso insuportável

sábado, 27 de setembro de 2008
Um de cada vez

quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Sempre com um pé atrás
Por mim, não penso em nada quando penso. E só poderia ter ideias se estivesse distraída.

sábado, 20 de setembro de 2008
Chamdas automáticas
Ligou para as informações e ficou a ouvir a música de espera.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Só 7 medalha, mas a culpa foi dos media. Quando ignorados, são campeões!
Os nossos participantes, são bons portugueses. Nem menos, nem mais.

Vamos nessa!
— ou o senhor anda completamente com a cabeça nas nuvens e não sabe nada do chão onde pisa;
— ou, ofuscado pelas lantejoulas do jet 7 nacional, quis angariar clientes para as suas viagens;
— ou é bem capaz de, com umas moedas tiradas do bolso, arrasar com este rectângulo à beira mar semeado e enxotar com a meia dúzia de habitantes lusos para fora da galáxia, onde não chateiem mais.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Setembro

terça-feira, 9 de setembro de 2008
A bem do PIB

domingo, 7 de setembro de 2008
É com certeza uma escola portuguesa

sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Amigas, que vos parece?

quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Animal, vegetal e mineral

quinta-feira, 28 de agosto de 2008
EU ACUSO

segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Fui abduzida

Já não tenho dúvidas, eles existem mesmo, cuidado!!!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Coincidências
Não acredito nada na teoria do caos. E a China, com é natural, está em segurança máxima.

Falhei à abertura dos Jogos Olímpicos?

quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Enlados e pronto-a-viver
Sorte é que as coisa já são todas instantâneas, com um quotidiano prático até ao limite! E na pressa que a pressa tem, não há um segundo a perder. Enquanto se aquece uma sopa de pacote, consulta-se os livros de auto-ajuda onde são ensinadas as técnicas de enriquecimento fácil e felicidade prolongada! De A a Z não falta nada ao mais comum do mortais.

terça-feira, 5 de agosto de 2008
Ai ai!...
Mas posso ter os dias contados na Internet... Se não estiver aqui nos próximos dias, é porque cai sem bater no chão. Reclamações para estas bandas!

domingo, 3 de agosto de 2008
Aventuras e Lugares
— um barco que passa debaixo dos pés
— uma árvore pesada de nomes romanos
— um castelo sem área quadrada
Perco porque os meus olhos se soltam para longe
E o vento agita as páginas do livro!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Utopia
Queria um lugar com todos estes requisitos e só mais um: Que fosse um país minimamente civilizado em termos de justiça, saúde, educação...

quinta-feira, 31 de julho de 2008
Casados há cinquenta e dois anos
— Olha, este andou comigo na tropa!
— Mostra, deixa ver...
— Aqui, mulher. Foi um que até pagou para livrar.
— Hummm, tens a certeza?
— És mesmo teimosa.
... O teu pai está baralhado porque eu não me lembro nada daquele homem ter andado na tropa.

sábado, 26 de julho de 2008
Devo ter 75 anos
de Venenos de Deus, Remédios do Diabo,
de Mia Couto, Editorial Caminho)
Copiei este bilhete postal do livro que andei a ler.

quinta-feira, 24 de julho de 2008
Inquietações

quarta-feira, 23 de julho de 2008
Assim, de repente e ao longe...
— Um letreiro no portão do cemitério... Aluga-se?!

terça-feira, 22 de julho de 2008
Chorem meninas, chorem...

segunda-feira, 21 de julho de 2008
Saudades? Nem pó...

É verdade DD, nem uma pecinha de “Lego” sobrou. Nem era para sobrar. Afinal, a infância não é um tempo. São os cheiros, os sabores e as músicas. Mais nada.

domingo, 20 de julho de 2008
Há domingos assim...

sexta-feira, 18 de julho de 2008
Reivindico!

No imbróglio de dias nacionais e internacionais, porque razão não há-de haver um dia da pedra lascada e das ovelhas que regressam ao seu redil?

quinta-feira, 17 de julho de 2008
Sabodoria sénior
— Vai?
— Está escrito n'O Seringador.
*** *** ***
— Come, filha, senão ficas gorda!
— ????
— Com a barriga cheia de ar, inchas.

segunda-feira, 14 de julho de 2008
Ai que nervos!!!

Há cada modernice! De todas, a que menos percebo é a moda de ir de férias. Que grande maçada... Vai tudo em desbandada, cada pessoa “foge” para o seu canto, desaparece para quanto mais longe melhor...
Estarei com dores de cotovelo?

quinta-feira, 10 de julho de 2008
Quem me rapinou os livros do Prof.º Agostinho da Silva?

sábado, 5 de julho de 2008
Lembrete

quarta-feira, 2 de julho de 2008
E mais não digo

segunda-feira, 30 de junho de 2008
Regressos
tempo de todas as Bênçãos
um dia depois do outro
NASCER
não aprendo nada
só a inevitável exultação da alegria

quarta-feira, 25 de junho de 2008
Máscaras de cristal

terça-feira, 24 de junho de 2008
Coisas que me vêm à cabeça
A língua portuguesa também é a minha pátria.

quarta-feira, 18 de junho de 2008
Breve
E vive-se para além dos anos
Ainda assim
É só um abrir e fechar de olhos

sexta-feira, 13 de junho de 2008
Outra dúvida
- telemóvel
- sapatos altos
- carteira
- carta de condução
- óculos de sol
- relógio
- cartão de crédito
Serei livre?

quarta-feira, 11 de junho de 2008
Já não é brincadeira

quinta-feira, 5 de junho de 2008
Povo que lavas no rio com detergentes
Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Assim, compra-se um champô anti-caspa, fica-se com a cabeça mais leve, atira-se a embalagem para um qualquer ecoponto. Depois é só acreditar, com muita fé, no milagre de que tudo será bem reciclado ou reutilizado. Então, a poluição, quando existe, não fará parte da própria natureza? Qual é a sua definição exacta? Segundo dizem, antes de haver vida, a Terra era um planeta sufocado por gases tóxicos.
Complicado demais!

sábado, 31 de maio de 2008
A sensatez de pernas prò ar...
Um espanhol, atulhado em dívidas, faz um sorteio da casa onde vive.
Falta nada para as pessoas rifarem a sua própria alma!

segunda-feira, 26 de maio de 2008
Faz mal andar à chuva!
Sou mesmo tonta, pois é claro que os cachopos jogam só por amor pátrio à camisola.
Ai Mofina, Mofina!

terça-feira, 20 de maio de 2008
O medo

O medo murcha quando o fitamos nos olhos.

terça-feira, 13 de maio de 2008
Desde a primeira partícula!
Quando não há nada para fazer, tudo o que acontece é maravilhoso. Incluindo o Universo!

sexta-feira, 9 de maio de 2008
Funismos!

quarta-feira, 7 de maio de 2008
Vale a pena!

Já em segunda edição, este livro trata da recolha e compilação dos testemunhos de vários pais que perderam os filhos. Leva a um melhor entendimento do “desafio” da longa caminhada do luto, do sentimento de dor pela partida de um(a) filho(a)... Revela quais as maiores dificuldades no luto, a vivência deste estado com fé, ou não, e aquilo que os pais acreditam que aconteceu, ou continua a acontecer, após a partida dos seus filhos. Uma homenagem a todas as maravilhas que nunca se perdem em tempo nenhum: são estrelas que brilham e povoam os céus!
“Estrelas que Voam para os Céus” foi prefaciado pela escritora Rita Ferro: “Procurei, procurei, procurei, e não encontrei metáfora mais bela para vos oferecer neste Prefácio que melhor se aproximasse da dimensão da vossa dor, da vossa revolta e da vossa aceitação. Se a morte, a verdadeiramente morte, é o esquecimento, então os vossos filhos não morreram. Nunca estiveram tão vivos, tão próximos, tão dentro de vós.”
A nota de abertura coube a Emília Agostinho – presidente da associação “A Nossa Âncora” –, a leitura da teologia foi feita por Luís Miguel Ferraz – jornalista, teólogo da diocese de Leiria-Fátima – e a leitura da psicologia por Carlos Pires – psicólogo clínico, professor da Faculdade de Psicologia da Universidade de Coimbra.

Jornalista, é director do mensário “Notícias de Colmeias”, tendo sido, inclusive, o seu fundador. Depois de uma passagem pelo semanário “Região de Leiria”, é jornalista profissional no semanário “O Mensageiro”, do Seminário Diocesano de Leiria.
Recebeu vários prémios jornalísticos e obteve outros reconhecimentos de âmbito profissional e literário – merecedor de votos de louvor por parte de algumas instituições nacionais.
Soma diversas participações sociais e cívicas, em acontecimentos de índole cultural, social, política e desportiva.
Enquanto jovem, foi elemento destacado no desporto distrital; um dos primeiros produtores e realizadores de programas de rádio, em várias estações de Leiria; actor convidado em três novelas portuguesas; membro da Assembleia de Freguesia de Colmeias; orador em vários colóquios, júri em festivais de música e em desfiles de moda; colaborador em estudos de mercado para uma instituição de defesa do consumidor; coordenador de sondagens para institutos e universidades públicas e membro da equipa de marketing do Europeu de Futebol de 2004.
Representou, no distrito de Leiria, o grupo português da ONG “International Friendship League”, que trabalha próximo da UNESCO e ONU, e é membro fundador do Conselho Nacional da Juventude.
Representa, actualmente, a associação “A Nossa Âncora” nos distritos de Leiria e Santarém, desde Outubro de 2006, ano em que viu partir a sua filha Eduarda Santos, a EDUARDA DE SEMPRE.
Haverá um momento musical a cargo da jovem banda BlindNight.
A apresentação da obra será efectuada por Luís Miguel Ferraz, teólogo da Diocese Leiria-Fátima e da escritora Lurdes Breda.

segunda-feira, 5 de maio de 2008
Resposta a uma certa jardineira
Já fiz mil tentativas para pensar
Às vezes penso nas coisas em que não consigo pensar
e penso nisso até ficar com os olhos a arder
Há dias em que as ideias ficam apagadas
e nem com fósforos se conseguem acender
Não tenho nenhum tipo de planos para a vida
por isso não faço mais do que sentir os meus cabelos
A chuva provoca-me um sono profundo
mas nem por isso acredito muito em extraterrestres
Não há nada que na vida faça muito sentido
é possível encontrar um poema dentro de um limão
As metáforas só valem quando são puras
mas agora as minhas mãos andam tão ácidas
Não sei o quê pensar das coisas que não penso
Tudo o que acontece pode não acontecer
posso ser um cometa com os cabelos a crescer
e pensar não faz aquecer os ombros
Gostava de encontrar um rio muito redondo
para nunca me perder enquanto escrevo

quarta-feira, 30 de abril de 2008
O melhor é mesmo guardar silêncio
Por essas e por outras, é que só me entendo com os meus penedos!

quarta-feira, 23 de abril de 2008
Difícil

Mas, desligando os motores do tempo, por pouco tempo que seja, talvez possamos encontrar a perpetuidade dos sonhos, das palavras, das flores, dos próprios dias.
Porque, em cada nada que acaba, há um tudo que fica.

sábado, 19 de abril de 2008
Precisa-se um Noé!

segunda-feira, 14 de abril de 2008
Métricas...
Haverá um longe mais longe do que todos os lugares longínquos?
Aqui, estou longe.

quarta-feira, 9 de abril de 2008
Pensamentos de rodapé

quinta-feira, 3 de abril de 2008
Ora viva, também por aqui?...

sexta-feira, 28 de março de 2008
E tenho dito!
Não sei escrever sem lapsos, porque tenho um lapso de tempo que nem cabe na memória.
Não tenho nada.
Não tenho nada com isso. Excepto, talvez, uma vontade de mudar o meu número de calçado. E uma vontade também se ser como sou sem ligar a ninguém.
Mas as minhas vontades não contam.

sábado, 22 de março de 2008
Mais olhos do que barriga

O primeiro ovo de chocolate que recebi veio do Brasil, pelas mãos do saudoso tio Albano (Sapateiro).
Fiquei de olhos arregalados... Tanto chocolate!!!
Quando o abri e verifique que era oco e não maciço, tive uma certa decepção. Pois... Sou mesmo exagerada.

quinta-feira, 20 de março de 2008
Os primeiros passos
Nunca imaginei que houvesse pessoas com paciência para me seguirem pelos atalhos desvairados que percorro, na minha condição de simples e muito atarantada pastora.
A todos agradeço!
Aproveito para desejar uma BOA PÁSCOA!

quarta-feira, 12 de março de 2008
Chão de pássaros

Quero ir para o meio de um campo aberto, hoje, que a terra está húmida e perfumada.
Redopiando ao som da chuva, sacarei do meu regaço, as sementes de pássaros que espalharei aos quatro ventos.

domingo, 9 de março de 2008
Dança da chuva
Pode substituir-se amor por qualquer outra palavra.

quarta-feira, 5 de março de 2008
Para a minha Professora de português do 2º ano do Ciclo

As Palavras... Sempre!

segunda-feira, 3 de março de 2008
Identidade e inquietação
Quem sou?
Nos espelhos não me reconheço. Por isso, escrevo.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
As casas e seus beirais
Vêm habitar memória outra vez,
Mas quantas das casas são já mortas?
Quantos telhados caídos no chão?
Não, não vasculham nos escombros
Construem é outros ninhos
E fixam no instinto um novo sul.
Uma nova vida eclode
Será essa a futura direcção!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
O eixo imaginário do mundo
Soprar muito ao de leve para mover montanhas,
Apagar as palavras para que o poema seja escrito,
Perder as forças para recuperar a coragem,
Afastar os olhos para que a paisagem fique nítida,
Esquecer o futuro para lembrar que existe o presente...
Às vezes só as banalidades
São a única forma de consciência!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Instante
Uma hora por inteiro
Mas não há vagar para nada
Tudo é a correr
O rio pára
Qual será o mistério?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Distante
Afinal confesso, sou uma pastora malograda.
Meus pés não tocam no chão porque calço pantufas
E as minhas mãos só têm nostalgia da terra,
Do húmus forte e carregado de perfumes.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Filosofices
Não é possível apontar:
— Ali aquela onda, atrás da duna da esquerda!
*** *** ***
Poderia ser um bem imóvel, se não mexesse tanto.
*** *** ***
Em mim e nas minhas circunstâncias, há todas circunstâncias dos outros.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Quem diria!...
Mas eis que de repente, descubro uma coisa fantástica: É que as praças, as explanadas, os jardins, todos os sítios que costumavam estar tristemente abandonados, mesmo em dias de Sol, estão agora cheios de gente! E não só de velhos e crianças. Finalmente os jovens e adolescentes saíram das “tocas” e respiram ar livre.
De pálidos e tristes, a juventude vai ficar com uma cor e aparência sadia.
Caso para dizer: Fumar faz bem à saúde!!!

sábado, 2 de fevereiro de 2008
Para meditar...
Milagres com as mãos
Milagres sem mãos

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Proibições
Perder na Bolsa
Perder a bolsa
Não saber da cabeça
Não saber das nuvens
Faltar aos dias de sol
Faltar aos nossos próprios aniversários
Devia ser proibido
Ganhar doenças e anos
Guardar esquecimentos e enganos
Devia ser proibido
Ter as mãos frias, frívolas, mortas
Devia ser proibido
Dormir em casas aquecidas
Acordar ao relento
Deambular pelas esquinas do pensamento
É proibido
Saltar do muro e correr como um gato pardo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Jardineira, com esta lembrei-me de ti...
Espero que os instrumentos vegetais não sejam transgénicos!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Sejamos grandes!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
CONSEGUI !!!
Estou muito contente porque consegui pôr o meu primeiro pato (em vídeo).

Para não naufragar...

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Não é preciso salvas os maçaricos?
Senhores passageiros, boa viagem, mas cuidado, não embarquem em qualquer patranha!
Patranha?
Substantivo feminino
história mentirosa; peta;
(Do lat. *pastoranèa, «contos de pastores», pelo cast. patraña, «id.»)
ATENÇÃO, ESTOU INOCENTE!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
Febre não é certamente e o tecto não cai assim.
— Agora não se faz mais nada do que encher balões?
O bombeiro justifica-se com o argumento de que está a seguir ordens superiores. Mas as suas palavras caem em saco roto.
A propósito, acho que perdi o meu poder de compra. Mas não sei onde... Vou chamar os bombeiros porque suspeito que fugiu para cima duma árvore.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Estado gripal!
